sexta-feira, 21 de novembro de 2014

DA PLATAFORMA P-36 AO PETROLÃO



Trabalhadores que usaram o dinheiro do FGTS para comprar ações da Petrobras em 2000 injetaram R$ 1,61 bilhão na estatal, mas o que deveria ser grande investimento gerou perdas de 62,4% ao trabalhador. Ações que chegaram a valer R$ 103 em 2008 sucumbiram à avareza dos envolvidos no esquema do Petrolão e perderam 88,5% do valor, e chegaram a ser negociadas no pregão desta quinta a míseros R$ 12.

Mais de 312 mil pessoas investiram até 50% do FGTS em ações da Petrobras. Tudo foi corroído e ainda saíram devendo: 144,3%.

Como nada é tão ruim que não possa piorar, as ações da Petrobras caíram 13,2% uma semana depois da prisão dos empreiteiros.

É antiga a rixa do Sindicato dos Petroleiros com Renato Duque, o ex-diretor da Petrobras preso na Operação Lava Jato: o Sindipetro-RJ atribuiu a ele prejuízo de US$1 bilhão no afundamento da plataforma P-36, que em 2001 matou 11 trabalhadores. Na denúncia ao Ministério Público Federal, o sindicato denunciou negócios do diretor, que chegou na Petrobras com José Dirceu, na era Lula. Ninguém foi punido.

A plataforma foi construída pela Marítima, do brasileiro-colombiano Germán Efromovich, que venceu 9 licitações na era Renato Duque.

Preso pela PF com o ex-diretor, o gerente Pedro Barusco, responsável pela construção da P-36, já aceitou devolver US$ 100 milhões.

A delação premiada de Pedro Barusco pode tirar seu chefe Renato Duque dos holofotes, mas pode significar até o fim da linha para o PT.

Conclusão acertada no Twitter ontem: “Do jeito que a PF está prendendo, o PT vai acabar sem militância.”

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