quinta-feira, 13 de novembro de 2014

OPOSIÇÃO SEM TRÉGUA

Existe um movimento importante na sociedade, sim, e todos que estão aderindo reconhecem em Aécio Neves a liderança que pode fortalecer e unir grupos heterogêneos. Por esse motivo, todo cuidado é pouco para não desrespeitar certos segmentos que preservam valores que a dita esquerda despreza. José Serra perdeu muitos votos em 2010 porque caiu nessa armadilha do PT de demonizar o que chamam de "direita", que seriam simplesmente pessoas com ideias conservadoras e que têm esse direito como qualquer esquerdista. Espero que Aécio Neves saiba ignorar esse tipo de polêmica ultrapassada, principalmente quando há o risco de se confundir qualquer declaração com afinidade à ideologia que o PT prega e que fracassou no mundo inteiro.

Aécio Neves, portanto, talvez seja um dos únicos nomes do país capaz de agregar os diferentes grupos de pensamento, mas que têm algo em comum, o voto contra corruPTos.

Das eleições, nasceu uma nova oposição, desta vez incansável

(Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)
Liderando a oposição, Aécio Neves não dará descanso ao governo no segundo mandato de Dilma Rousseff (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)

OPOSIÇÃO SEM TRÉGUA
Post publicado no blog de Merval Pereira no site do jornal O Globo
merval-pereiraCom um discurso firme e sem subterfúgios, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, marcou ontem sua volta à luta política depois da derrota para a presidente Dilma na disputa pela presidência da República, com a atitude de quem pretende assumir a liderança da oposição brasileira e não dar tréguas ao governo que, embora tendo sido eleito legitimamente, não tem crédito para contar com a boa vontade da oposição, hoje representante de quase metade dos eleitores que votaram na eleição presidencial.
Fortalecido pelas urnas, Aécio pretende dedicar sua atuação no Senado a um combate permanente ao PT, assim como a oposição de diversos matizes, que não está disposta a dar espaços para o PT, no Congresso e também nas ruas.
A oposição oficial se afasta, como não poderia ser diferente, de manifestações golpistas que surgem aqui e ali nas primeiras passeatas antipetistas registradas logo depois das eleições. Esse não é o sentimento majoritário da oposição brasileira, mas caberá ao governo afastar-se também de seus radicais. E afastar, sobretudo, a ameaça de alinhar-se, mais do que já acontece, aos governos bolivarianos que pregam a revolução no continente.
O acordo de cooperação entre o governo venezuelano e o MST, firmado em solo brasileiro, é ato de provocação radical que só acontece devido à complacência do governo brasileiro com seus vizinhos bolivarianos. E a saudação de Nicolás Maduro à reeleição da presidente Dilma, como se fosse o sinal de um aprofundamento da revolução na América Latina mostra de que, pelo menos para os venezuelanos, estamos seguindo os seus passos.
Resta à presidente reeleita mostrar com atos que não se trata disso.

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