terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Visão (além da razão) e Sensibilidade

José Serra é um cidadão que tem uma gigantesca visão de país, um olhar que ultrapassa as necessidades mínimas de sobrevivência e a mediocridade verborrágica.
Pena que o eleitor desvia suas atenções para questões pessoais, pois, ao mesmo tempo que o político e administrador José Serra é brilhante, como ser humano é visível que precisa superar algumas dificuldades, como a timidez, a falta de habilidade para bate-boca e para se defender de baixarias e a ingenuidade de quem acreditou nas pesquisas de opinião como verdades absolutas.
Deixou-se levar pelos marqueteiros na última campanha, talvez porque não sentisse o apoio popular, pois o que chamam de sociedade organizada está totalmente do lado do PT, seduzida pela demagogia.
Somente essas pessoas são consideradas neste país, quem não está incluído num desses grupos é desprezado, o anônimo só tem alguma visibilidade agora por causa da internet.
Com os movimentos que estão acontecendo no mundo árabe passamos a ter outro significado, não tem mais como nos ignorar.
Ainda não sabemos nos organizar, mas podemos, basta querer.

Após o resultado das eleições e as manifestações do cidadão consciente tenho certeza que lideranças como José Serra, Álvaro Dias, Katia Abreu, Jarbas Vasconcelos e Aloysio Nunes, os que mais se destacam no cenário nacional e sem fingimento, estão sentindo mais confiança no brasileiro, que não é o povo sujo e com vontade de ser corrupto como muitos julgam, imagem que vendem até nos livros.

Nós somos pacíficos, mas não covardes.
Não queremos a revolta armada, não queremos guerrilheiros matando inocentes, mas a revolução das palavras, como fizeram as grandes personalidades das Diretas Já.

José Serra está mudando sua postura e, finalmente, apresentando-se como o grande líder que o Brasil precisa e, provavelmente, o único em condições de restabelecer os fundamentos plantados durante o governo FHC, usufruídos nos anos seguintes pelas autoridades e elites econômicas, mas que não têm como se sustentar se não tivermos na presidência da República alguém com capacidade para recuperar o país do estrago provocado pelos abusos nos gastos o com dinheiro público, desvios, corrupção, permissividade e incompetência.

Não é momento para arrependimentos, isso não resolve, mas a revisão de conceitos e a mudança de mentalidade são necessárias e urgentes.
E isso passa pelo entendimento que o melhor nem sempre é o preferido da midia, dos coronéis, das celebridades, daqueles que se acostumaram a influenciar, mais do que isso, impor o que é conveniente aos seus próprios interesses em detrimento da verdadeira transformação que poderia representar um salto de qualidade realmente para todos.
O gigante segue adormecido porque a visão curta não alcança as imagens além do horizonte e constrói barreiras imaginárias no meio de um longo caminho que poucos conseguem vislumbrar.

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