segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Jogo de Cena - será que o brasileiro é mesmo esperto ou vai cair nessa?

O “não” de Dilma à CPMF é jogo de cena
Por Reinaldo Azevedo

"Lula enfiou o pé na jaca para eleger a rainha, e agora o PT vai apresentar a conta à sociedade."

Pois é, camaradinhas…

No post Dilma, os governadores e seus "nãos", há uma coisa que é pra valer, e ela tem de ser contextualizada — e, ao fazê-lo, mais um estelionato petista se mostra —, e outra que não é.

O que é para valer?
O governo não quer mesmo saber de renegociar a dívida.
Nada que lembre flerte com a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Um pouquinho de história aqui se faz necessário, não é?

Quando FHC renegociou a dívida de estados e municípios em 1997, a dívida interna cresceu muito em razão disso: na prática, as pendências estaduais foram federalizadas.
Mas os entes que negociavam se comprometeram com a discplina fiscal, o que se tornou, depois, um mandamento mesmo, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada em 2000.

O PT, que agora considera essa lei inegociável, recorreu ao Supremo para derrubá-la.
Considerava que ela era fruto da adesão do governo federal ao… neoliberalismo;
Lula achava que a LRF era uma imposição do… FMI!!!

Ressalto com isso duas coisas: que o PT defende agora com unhas e dentes o que tentou derrubar no Supremo — e isso é muito típico deles, não? — e o trabalho de saneamento das contas dos Estados feito por FHC, o que teve custos, sim, para o governo federal, inclusive custos políticos.

O que não é para valer
Já o “não” à CPMF não é para valer.
Não mesmo!
O que ela disse, aí sim, é que o governo federal não vai dar a cara ao tapa para defender o novo imposto.
Quem quiser que o faça.
E alguém da base vai querer num dado momento.
E ainda é cedo para isso.
Esperem a demanda por saúde crescer um pouco mais e vir o debate da reforma tributária.
Aí, sim, alguém pensará em algum mecanismo para conseguir recursos especiais para o setor.
O consenso, no governo federal, é que ele não muda de patamar sem dinheiro extra.
O que o “G9 + 1″ (os nove governadores do Nordeste mais Anastasia) está fazendo é lançar a semente do “debate”.

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