segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O estranho gosto dos brasileiros


Neste final de semana, as jornalistas Mary Zaidan e Dora Kramer trataram da estranha popularidade de Dilma Rousseff.

Mary busca uma explicação para o resultado das pesquisas.
Considera um "feito fantástico para quem tem contato popular restrito e que, nos últimos meses, se viu enredada com auxiliares diretos tombados como pinos de boliche, insustentáveis diante de suspeitas de corrupção."

Ressalta que os eixos negativos são alarmantes.
"Fossem ponderados com pesos diferenciados para os serviços essenciais, possivelmente o resultado seria outro: Saúde, reprovada por 67%, e Educação, por 51%, provam isso. Também mereceram notas baixas os altos impostos, os juros e o controle da inflação."

E lembra que "popularidade não é sinônimo de qualidade".

Dora, por sua vez, lamenta que a tal popularidade das lideranças petistas não seja usada como instrumento de transformação.

E aponta o grande erro quando "o mandatário altamente popular tende a ouvir só o que lhe interessa e a dizer só o que lhe convém, sem se considerar na obrigação de conferir substância e coerência às suas palavras."

Leiam trecho:
Foi o que aconteceu na entrevista que a presidente deu na sexta-feira. Para começo de conversa, previu um crescimento de 5% no PIB para 2012. Qual o raciocínio utilizado para chegar à conclusão? Nenhum.

"Meu cenário é otimista", afirmou Dilma, reduzindo sua tese a mera conjectura. Algo autoritário, porque parte do pressuposto de que uma frase presidencial tenha o condão de conduzir uma realidade.

A presidente tampouco foi fiel aos fatos ao comentar o caso do ministro Fernando Pimentel que, segundo ela, "não tem nada a ver com o governo". Teria a ver com o quê, então?

Posta diante da comparação com o episódio envolvendo Antonio Palocci, fantasiou: "Ele quis sair".

Não quis, resistiu por 23 dias, saiu quando já era impossível ficar e foi incorporado à dita "faxina" como indicativo da intolerância da presidente em relação a "malfeitos".

Mas, se for verdade que Palocci só saiu porque quis, chega-se à conclusão de que por vontade de Dilma teria ficado. Onde coerência da intolerante?


Hoje, o jornalista Cláudio Humberto confirma, em seu blog, esse perfil truculento da presidente.

Jeito Dilma de ser não poupa nem notebook

Ministros e técnicos do governo federal agora evitam levar os próprios notebooks para reuniões com Dilma.
Fiel ao seu jeito estúpido de ser, em recente reunião com dirigentes e técnicos do DNIT, ela se irritou com um deles, que insistia em mostrar-lhe, no computador, um projeto já rejeitado.
Com firmeza e agilidade, tomou-lhe o notebook das mãos e o arremessou para longe, espatifando-o, para em seguida dispensar o interlocutor chamando o despacho seguinte: “Próximo!”


Fato novo

“Arremesso de notebooks” é novidade.
Os assessores palacianos estão mais habituados às broncas colossais da presidenta.

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