domingo, 19 de maio de 2013

ONDE HÁ FUMAÇA, HÁ FOGO




Quantas ondas de boatos já vazaram sem que se soubesse a origem ou que não tiveram origem declarada publicamente?
São inúmeros casos que saem nos jornais, principalmente quando há a intenção de desmoralizar algum desafeto ou instituição que contrarie certos interesses. Os "criadores" de DOSSIÊS que o digam, são especialistas no trabalho de difamação de adversários ou de aliados inconvenientes.

Eis que uma enxurrada desses boatos deixou milhões de beneficiários dos programas sociais do governo em desespero, a tal "nova classe média" que não consegue sobreviver dignamente de seu trabalho.
Quem, afinal, costuma lançar esse tipo de "novidade"?
Não seriam os mesmos de sempre?

Não seria um meio de preparar o espírito desse contingente de dependentes praticamente crônicos das "bolsas" para o fato de que o governo, que mal administra a gastança com a companheirada, BILHÕES para sustentar uma máquina emperrada, não terá condições de manter as despesas com programas sociais por muito tempo?

Grande lição foi deixada pela ex-primeira ministra britânica, Margaret Thatcher:

"O socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros".

Leiam o que aconteceu em matéria da Folha Poder:




Para uns, a culpa era da visita do papa Francisco ao Rio, em julho. Para outros, era a realização da Copa das Confederações, no próximo mês. Movidos por boatos que davam conta de que os pagamentos do Bolsa Família seriam suspensos, milhares de beneficiários do programa do governo federal formaram longas filas nas agências da Caixa Econômica Federal no subúrbio do Rio e na Baixada Fluminense, desde a tarde de sábado, na tentativa de sacar o dinheiro dado pelo governo federal. 

O boato foi negado pelo governo federal e pela Caixa, mas o desmentido não chegou à maior parte dos beneficiários, que correram para as agências.

"Estão avisando na minha comunidade que o governo vai pagar os próximos três meses até o final do domingo [19] e cancelaria tudo. A minha vizinha, que já pegou o dinheiro dela, disse que o governo quer economizar dinheiro para conseguir fazer as festas para o papa", afirmou Janúbia Silva Alves, 29, moradora da Baixa do Sapateiro, uma das favelas que integra o Complexo da Maré, em Bonsucesso (zona norte do Rio). Com dois filhos, ela recebe R$ 134 do programa. Janúbia e mais duas amigas faziam parte de um grupo de mais de 150 pessoas que passou o final da tarde dentro de uma das agências da banco no bairro. Parte do complexo da Maré e do Alemão estão localizados em Bonsucesso. 

Às 17h03 deste domingo, os caixas eletrônicos pararam de funcionar na agência por falta de dinheiro. Quando a primeira pessoa da fila disse que o dinheiro acabara, a gritaria foi generalizada.

"As pessoas dizem na minha rua que o governo vai cortar o dinheiro. Por isso, vim logo", contou Maria José Barbosa, 40, sem saber dar detalhes da origem do boato. Mãe de quatro filhos, um deles no colo, Maria queria receber R$ 195. O seu benefício é sempre pago no dia 28. Ela mora no morro do Adeus, a primeira parada do teleférico do Alemão. 

Na outra agência da Caixa no bairro, Michele Silva encorajava as vizinhas a permanecer na fila. No sábado, ela recebeu o pagamento de maio e tentava ontem receber mais dois meses. "A internet está dizendo que o Bolsa Família vai ficar suspenso por três meses por causa da Copa das Confederações. Fiquei sabendo que algumas amigas receberam ontem [sábado] esses três meses e estou aqui para receber os outros dois", disse a moradora do Complexo da Maré.

Às 17h20 deste domingo, 109 pessoas formavam fila dentro da abafada agência da rua Cardoso de Morais. Nem mesmo um cartaz informando colado na porta da loja informando que o benefício não seria suspenso diminuiu a fila. "Quem vai acreditar em político aqui? Vou ficar até meia-noite nesta fila para receber o meu dinheiro", acrescentou Michele, 31, mãe de três filhos.

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