sábado, 24 de agosto de 2013

Os doutores de Fidel não são bem-vindos em nosso país

REYNALDO ROCHA

Poucos atos ofendem mais a dignidade humana que o de enganar, mentir e fazer de quem ouve uma marionete na certeza da inação e do esquecimento.
Hoje somos todos marionetes nos cordéis ou em mãos de artistas mambembes.
O governo conseguiu o que queria. Usou da mentira e de afirmações que não se sustentam nem por um dia para arquitetar e dar continuidade a uma entrega da saúde no Brasil em mãos de cubanos. Os mesmos que erraram no diagnóstico e tratamento de Hugo Chávez.
Onde a medicina massificada abriu mão da competência em nome de uma propaganda ridícula baseada em número de médicos mal formados.
Alexandre Padilha ─ o ex-médico que envergonha a classe a que um dia pertenceu ─ informou ao país que o plano de importação de médicos cubanos estava sepultado. O foco estava voltado para os europeus.
Como de se prever, estes não vieram. Sabem o que os espera.
E, de repente, de modo quase surpreendente (a se crer no anunciado cancelamento), estamos com 4 mil doutores de Fidel em nosso país. Não são bem vindos. Entre eles, enquadram-se brasileiros formados em Cuba a partir de seleção por “critérios ideológicos”, idealistas que querem ─ antes da diagnose ─ propagandear as delícias do regime cubano, bolivariano ou lulopetista e, por fim, médicos que se submetem a receber R$ 2 mil de um total de R$ 10 mil pagos ao governo de Cuba como forma de sobrevivência, além de terem as famílias impedidas de sair da ilha do Coma Andante.
Que país disporia de 4 mil médicos, de modo imediato , para serem deslocados? Seriam os melhores os que atendem em Havana? Deixariam seus pacientes desamparados ou com outro profissional? Ou a lógica diz que são o restolho do restolho, os que sequer trabalham na própria Cuba dos Castro?
Precisam dispor de seus salários para o governo? Aceitam ─ por quê? ─ receber um percentual ridículo pelo trabalho pago? Quem os escolheu? Porque não serão submetidos ao Revalida?
Desembarcarão no Brasil com gaze, esparadrapo, estetoscópio, equipamentos de exames básicos, equipamentos de eletro cardiograma, macas, leitos e sabão para lavar as mãos, que faltam aos médicos brasileiros?
Trarão ambulâncias equipadas com desfibriladores? Enfermeiros formados que não confundam soro com cortisona? Nada disso foi levado em conta. Se antes o lulopetismo roubava, deixava roubar e mentia, hoje concorda com mortes mais que previsíveis. Não haverá NENHUMA melhoria! Podem cobrar! Não existe mágica. Medicina não é curandeirismo. É ciência. E para tanto, precisa dos meios para poder existir.
O que importa são os quase meio bilhão de reais por ano a serem enviados ao governo de Cuba! E a propaganda. Agora, sem nenhuma reclamação dos médicos que NÃO irão atender, mas são proibidos de se manifestarem. Eles são EMPREGADOS do governo cubano, não do brasileiro. São pagos pelo GOVERNO DE CUBA. Dependem do humor dos comandantes que trocou soldados por médicos. Mesmo na Venezuela este sistema de trabalho escravo não deu certo. A população ─ mesmo falando a mesma língua, que não é o caso ─ evitava os cubanos por considera-los despreparados. Tanto é que os 4 mil que desembarcam com as bençãos de Dilma et caterva estavam, antes, na Venezuela. Até lá o contrato não foi renovado.
A saída por cá? Em um ano teremos o desastre e a explicação oficial: “tentamos, mas não deu certo”.
Não é estranho que em ano eleitoral estes valores astronômicos sejam enviados a Cuba? Retornarão? Ou alguém esqueceu dos dólares enviados em caixas de whisky para a campanha de Lula? Do tal “padre” cubano que dizia a todos estar financiando a campanha do Imperador de Garanhuns? Em um cenário de maior atenção INTERNA para financiamentos de campanha, que tal ter financiamento externo? É delírio ou os fatos indicam isso?
A saúde do povo? Dane-se, parecem dizer. Se o cidadão morre por falta de médico, nada altera. Agora morrerão por falta de competência. Fica tudo do mesmo tamanho.
Só acho que há uma conspiração mundial (aí incluído Estados Unidos, Europa, México e até América Latina!) que quer ver o governo Lula, digo Dilma, naufragar!
Afinal, houve claramente um boicote desta classe gananciosa de médicos que, NO MUNDO TODO (à exceção de Cuba!), à generosa oferta de Padilha e Dilma: receberem pelo pouco trabalho ─ basta emitir atestados de óbito.
A culpa é dos médicos!

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