segunda-feira, 18 de novembro de 2013

NUNCA ANTES NESTE PAÍS FOI TÃO NECESSÁRIO QUE ELES CONTINUEM A MENTIR

REYNALDO ROCHA

“Eles são honestos: não mentem sem necessidade”. (Tchekhov)
Foram honestos até o fim, na visão cética e aética. O punho erguido no ar, as cartas dirigidas aos lulopetistas ensandecidos – embora endereçadas à nação.
A mensagem é pior que o mensageiro. Fala em nome da esquerda brasileira como se um João Amazonas fosse da mesma laia de um José Dirceu. Ou um Genoíno tivesse a dignidade de um Gregório Bezerra. Ambos personagens da história do Brasil por motivos que, se não comungo, aceito. Respeito a verdadeira honestidade, mesmo que estejam ligadas a ideologias e regimes que não me seduzem. Nenhum dos dois tem o nome incluído em condenações definitivas por corrupção e roubo.
O primeiro roubo cometido pela quadrilha de mensaleiros foi justamente contra a própria esquerda histórica brasileira. Roubaram-lhe os ideais e as ideias. Substituíram a história pela mentira. A decência pelo escárnio. Dirceu, Genoíno e Delúbio usam a luta de antes para cometer os crimes de hoje. E o ícone desta quadrilha é Lula, que já afirmou inúmeras vezes não ser “de esquerda”.
Então como Dirceu, Genoíno e Falcão ousam falar em “ataque às esquerdas”? Essas prisões nada mais são do a execução das penas que bandidos comuns, quando pegos, cumprem depois de serem condenados em última instância.
Não dá para aceitar o roubo da história nem o uso de rótulos para justificar roubos. Minha indignação não nasce de partidos ou ideologias fósseis, nasce do meu passado e do passado de tantos outros. Não sou “ista” de qualquer natureza. A única tatuagem que tenho é a da defesa do estado de direito. Esta me basta. Inclui a liberdade de expressão e o respeito às leis e às garantias constitucionais.
No meio de um comunismo de slogans, Dirceu e o bando resolvem continuar mentindo afirmando ser de esquerda e creditando a isto a condenação. É inimaginável que qualquer um deles faça uma autocrítica, admita a tentativa de atentar contra a democracia, comprando votos e consciências com o nosso dinheiro. Afinal, é disto que se trata.
“Eles são honestos: não mentem sem necessidade”. Nunca antes neste país foi tão necessário que eles continuem a mentir.

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