sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Para oposição, petistas têm “fábrica de dossiês

Por Eduardo Bresciani e Ricardo Britto, no Estadão:
As bancadas do PSDB no Congresso Nacional reagiram nessa quinta-feira, 28, às declarações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que o partido não teme os processos que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse querer abrir contra integrantes da legenda que questionaram a atuação dele ao receber denúncias de cartel no setor metroferroviário de São Paulo. ”Os processos que o ministro Cardozo ameaça impetrar vão possibilitar a busca da verdade. É bom mesmo que processe. Não há no PSDB ninguém com medo de processo”, afirmou Alvaro Dias, em entrevista concedida em seu gabinete. A reação do ministro, que deu a segunda entrevista sobre o episódio na semana, é uma resposta às críticas de lideranças tucanas. Integrantes do PSDB, incluindo o presidente da sigla, Aécio Neves, pediram esta semana a demissão de Cardozo. Para Dias, houve “fraude e uma falsificação visíveis” nos documentos que fazem parte da investigação da Polícia Federal sobre o metrô paulista. Segundo ele, a missão da oposição agora é tentar desmontar “a fábrica de dossiês” e permitir que a Polícia Federal faça as apurações não apenas dos contratos de trens de São Paulo, mas em Salvador e Porto Alegre.
O vice-líder tucano disse que os processos prometidos por Cardozo serão uma oportunidade para ajudar a esclarecer a “usina de dossiês que funciona nos porões da clandestinidade e acionada a cada eleição”. 
Na Câmara, o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), ex-líder da bancada, também atacou o ministro da Justiça. “Qualquer um pode entrar com uma representação. Mas cabe à Justiça e ao Ministério Público acolher ou não. É preciso ter provas e elementos. Não apenas ameaças.” O tucano também declarou que “o ministro está usando a estrutura do Estado para perseguir e intimidar adversários”. “Ele está muito enrolado e ficou comprovado que não tem condições de perseguir no cargo. Até agora não explicou porque investigou parlamentares sem pedir autorização ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República.”
(…)

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