segunda-feira, 28 de abril de 2014

PROTESTOS LEGÍTIMOS, OUTROS NEM TANTO

Quando surge alguma onda de manifestações, dificilmente há o questionamento necessário na hora do cidadão decidir se adere ou não.
O cidadão tem todo o direito de ser protagonista da história e de participar de movimentos que realmente sejam causadores de mudanças necessárias para o bem da humanidade. Mas há uma diferença fundamental entre a participação consciente e a submissão a grupos de interesse. Nesse último caso, temos apenas massas que são usadas e, quando não servem mais, descartadas

Leiam matéria de O Globo:

Após três dias sem energia elétrica, moradores do município de Palmeirais — a 108 km de Teresina, no Piauí — atearam fogo em um prédio da Eletrobras. O município ficou sem comunicação por causa da falta de energia e muitas pessoas se revoltaram contra a estatal.

Leia mais em No Piauí, cidade fica 3 dias sem energia e prédio da Eletrobras é incendiado
Ônibus incendiados em Osasco. Parece coisa de país em guerra? Mas estamos em guerra (Foto: Marcelo Sayão/Efe)

Por Reinaldo Azevedo

Na madrugada desta terça, bandidos incendiaram 34 ônibus que estavam na garagem da empresa Urubupungá, em Osasco, em São Paulo. Desde o começo do ano, já são 117 os veículos incendiados na Grande São Paulo. Essa modalidade de crime, se vocês prestarem atenção, se espalhou Brasil afora. Deu enchente? Queimam-se ônibus. Faltou água? Queimam-se ônibus. A polícia prende ou mata um traficante? Queimam-se ônibus. Há uma reintegração de posse? Queimam-se ônibus. A imprensa, especialmente a TV, mostra aquela linda fogueira e ainda costuma, vamos dizer assim, entender as razões de bandidos, que são chamados de “manifestantes”. Não há polícia que dê conta. Ainda que fosse possível pôr um PM em cada veículo, ele nada poderia fazer. A ação costuma mobilizar bandos.
(...)
Leia também: Copacabana em chamas. 
Ou: A soma perigosa de todos os equívocos. 
Ou: Os fundadores na antropologia da violência. 
Ou ainda: Imprensa, pare de chamar bandidagem de “comunidade”

Parece uma foto da Síria, mas é Copacabana, no Rio (Foto: Christophe Simon - AFP)
Parece uma foto da Síria, mas é Copacabana, no Rio (Foto: Christophe Simon – AFP)

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