segunda-feira, 26 de outubro de 2015

ZELOTES: PF EM AÇÃO SEGUE A GRANA DO CHEFÃO



PF faz busca no escritório do filho de Lula

Policiais já prenderam cinco suspeitos, entre eles o vice-presidente da Anfavea



Na nova fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta segunda-feira, a Polícia Federal (PF) fez busca e apreensão no escritório da LFT Marketing Esportivo, de Luís Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo testemunhas, uma viatura da Polícia Federal chegou antes das 6h no escritório, localizado no bairro dos Jardins, na região central de São Paulo. Policiais fizeram buscas no prédio e saíram por volta das 6h20m, carregando documentos. Funcionários do edifício disseram que um carro da Receita Federal ficou por volta de duas horas no prédio. Um funcionário disse que o fiho do ex-presidente esteve no prédio por volta das 9h e ficou no seu escritório, que fica no 5º andar, por cerca de meia hora.

Até o momento, a PF já prendeu cinco suspeitos de envolvimento com fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Entre os detidos estão Alexandre Paes Santos, José Ricardo Silva, o lobista Mauro Marcondes Machado, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), e Cristina Mautoni, do escritorio Marcondes & Mautoni.

Machado, sócio da Marcondes & Mautoni, é acusado de negociar interesses de montadoras com conselheiros do Carf. A Marcondes & Mautoni Empreendimentos fez repasses à LFT Marketing Esportivo, aberta em março de 2011 pelo filho de Lula. Essa é uma das consultorias suspeitas de atuar pela Medida Provisória 471, que prorrogou benefícios fiscais de montadoras de veículos, como informou o jornal "O Estado de S.Paulo".
(...)

A Operação Zelotes investiga organizações criminosas que atuavam na manipulação do resultado de julgamentos no Carf, conhecido como o “tribunal da Receita”. Essa nova etapa da operação, informa a PF, aponta que um consórcio de empresas também negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor automobilístico.

"As provas indicam provável ocorrência de tráfico de influência, extorsão e até mesmo corrupção de agentes públicos para que uma legislação benéfica a essas empresas fosse elaborada e posteriormente aprovada", afirma nota da polícia.

Leia mais sobre esse assunto em O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário