domingo, 31 de outubro de 2010

Remar contra a maré, coragem dos que têm fé

O presidente dividiu o país ao meio, incitando o ódio e a hostilidade entre os dois lados.
Um dos lados (infelizmente é a maioria) obedece cegamente.
Mas tem outro lado que estava acomodado e resolveu sair da zona de conforto, organizar-se, interagir e reagir contra anos de permissividade diante de casos e descasos.
A grande maioria é de anônimos que encontraram na internet uma válvula de escape para suas angústias e um espaço de participação democrático que permite a manifestação pacífica e que está provocando uma revolução silenciosa e eficiente.
Trata-se de um meio legítimo de exercermos nossa cidadania, com métodos opostos ao outro grupo, que faz a opção pela agressividade sem precedentes.

A resistência da candidatura Serra, na maior parte feita por voluntários sem o menor contato com pessoas do meio político, ocorreu dentro de todos os princípios éticos e legais.
As personalidades que estiveram ao seu lado jamais poderiam ser rotuladas como promotores da baixaria, são religiosos e as lideranças mais dignas e ilustres do nosso país.

Nivelar Dom Paulo Arns, por exemplo, com aqueles que incentivam o presidente a colocar a mão em qualquer substância pela governabilidade, é um insulto imperdoável.

A imprensa que se diz isenta lançou no esgoto a legítima manifestação dos folhetos confeccionados e pagos pelos bispos da CNBB, com direito a reportagens da infeliz abordagem da Polícia Federal, junto aos militantes petistas, ambos agindo como tropa nazista em perseguição aos religiosos.
Enquanto isso, os panfletos apócrifos e pagos com dinheiro público, muitos deles distribuídos por órgãos do governo, nem ao menos foram citados nas reportagens, muito menos criticados.

Os manifestos e apoios de última hora, mesmo sem a devida divulgação, sinalizam para uma mudança de intenções.
Lamentavelmente não foi suficiente para conquistar votos, mas que o resultado da eleição sirva de lição, pois um guerreiro solitário jamais terá o poder de vencer uma batalha sem um exército como apoio.
O atual presidente, assim como Dilma, tem uma tropa poderosa pronta para qualquer enfrentamento.
Quem tiver a preocupação sincera com o povo brasileiro, com a honestidade, com a eficiência no trato com o patrimônio da Nação e com a sobrevivência das instituições precisa avançar na vigilância e na ação que que tenha repercussão e resultado.

Perdemos a oportunidade de eleger um dos únicos políticos que representa o avanço real e a capacidade de realizar sem os tradicionais trambiques, mas ficou praticamente invisível e foi ignorado pela imprensa, a não ser para comparações injustas ou para acompanhar a onda de deboches plantados pelos petistas.

Foi cruel para quem acompanhou todo o processo eleitoral.
Espero que os portadores de neurônios privilegiados entendam sua importância a partir de agora.
Não adianta a ação desesperada na reta final.
Nós, os guerreiros anônimos, devemos cobrar muito mais de nossos possíveis aliados do que do governo, cujo partido já se considera dono do país e da consciência de cada cidadão.
A maioria realmente diz AMÉM, mas podemos recomeçar imediatamente uma jornada na contramão do programa de governo que já está em curso.

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