quinta-feira, 25 de julho de 2013

DISCURSO NÃO CONDIZ COM A PRÁTICA

O maior acionista da Rede lançada por Marina Silva é o Banco Itaú, além, é claro, das ONGs de países ricos que patrocinam sua imagem.

A militância quer, entretanto, que ela declare que não receberá doações de bancos e empreiteiras. No entanto, Neca Setúbal, uma das maiores acionistas do Itaú, é quem está financiando a fundação da Rede e angariando dinheiro junto a empresários para sustentar o novo partido.

Marina alega que o debate será aprofundado, ou seja, vai estimular uma série de conversas para que nada se resolva, pois isso não passa de uma estratégia de embromação, diga-se.

Em 2010, o empresário Guilherme Leal, da Natura, doou R$ 12 milhões. A ex-ministra conseguiu apenas R$ 170 mil de doações de pessoas físicas pela internet nos 58 dias em que um site ficou disponível para arrecadação, portanto, esse ideal está longe de se tornar um padrão nas arrecadações para campanhas políticas.

Quando concorreu à Presidência pelo PV, Marina recebeu doações de empresas que hoje estão na lista negra da Rede: R$ 400 mil da Ambev e R$ 100 mil da Bunge Fertilizantes.

As construtoras Andrade Gutierrez (R$ 1,1 milhão), Camargo Correa (R$ 1 milhão), Construcap (R$ 1 milhão) e o Itaú Unibanco (R$ 1 milhão) também deram contribuições para a campanha.

A ligação de Marina com o setor financeiro, no entanto, vai além dessa cifra. A ex-senadora é amiga de Neca Setúbal, herdeira do Itaú. É ela quem cuida de uma área essencial a qualquer partido: a captação de recursos.

Além das restrições a quem pode ou não fazer doações à Rede, o estatuto da futura legenda defende o financiamento público de campanha e prevê um teto fixo de captação de recursos, a variar de acordo com cada tipo de candidatura. Hoje, cada pessoa física pode doar o equivalente a 10% de seus rendimentos brutos do ano anterior à eleição. Já a pessoa jurídica, apenas 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao pleito.

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