terça-feira, 9 de julho de 2013

Escândalo de Eike com governo pode ser pior que mensalão

Foto: Tuca Pinheiro









Por: Nadja Rocha

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), disse, nesta segunda-feira (08), que o caso envolvendo as relações do governo do PT com o megaempresário Eike Batista pode ser maior do que o escândalo do mensalão, como ficou chamado o esquema de corrupção montado no governo Lula para comprar apoio de parlamentares da base aliada em troca de apoio no Congresso Nacional, cujo principal mentor, ex-deputado e então ministro da Casa Civil José Dirceu, foi condenado junto com outros parlamentares pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Freire defendeu a união dos partidos de oposição para exigir investigação em todas as instâncias cabíveis de Eike Batista e seus negócios com o governo Lula.

“Pelas relações promíscuas e eivadas de corrupção, pelas facilidades com que esse empresário circulava nas hostes governistas, este escândalo poderá ser maior do que do mensalão, nestes tempos lulopetistas. É preciso que as oposições exijam apuração deste caso”, afirmou Freire.

Ele lembrou que foi graças ao patrocínio do ex-presidente Lula que Eike Batista foi elevado a “símbolo de capitalista dos tempos de ouro do governo petista”.

O parlamentar defendeu que os contratos do empresário com a Petrobras sejam apurados, bem como o uso do BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social) para beneficiar onze empresas do grupo EBX, de propriedade de Eike Batista, com o empréstimo de R$ 10 bilhões.

“O BNDES é apenas um instrumento desse colossal escândalo que, se for apurado com rigor, poderá abalar a República”, alertou Roberto Freire.

Pimentel deve explicações

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), vai ingressar com requerimento nesta segunda-feira cobrando informações detalhadas ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, sobre os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) às empresas de Eike Batista. No documento, Bueno quer saber quais foram os critérios utilizados pela direção do banco para a escolha da EBX como beneficiária dos aportes, cujos recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

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