quarta-feira, 12 de maio de 2010

Não é possível gostar de sofrer

Povos do mundo inteiro costumam, de vez em quando, "experimentar" novidades.
Foi o que aconteceu no Brasil quando a população resolveu eleger um "personagem" criado pelas elites da imprensa, das universidades e da igreja, com o apoio de poderosos de outros setores, como a indústria automobilística, muito bem atendida pelo governo federal, pois fez do automóvel um bem individual e transformou o trânsito num caos.
Muitos, porém, estão revendo determinados conceitos e buscando resgatar valores como o conhecimento, a eficiência e a competência, muito mais importantes do que eleger alguém por piedade ou simpatia.
Por isso, o populismo em diversos países tem dado lugar à seriedade das propostas e programas de governo.
No Brasil isso é mais complicado, porque há um verdadeiro culto às celebridades, como se os ídolos populares, que ocupam todos os espaços da midia, fossem os únicos capazes de realizar aquilo que propagam.

Porém, um relatório divulgado pela ONU mostra que o Brasil é o país mais desigual da América Latina.

Não há propaganda que resista aos fatos, mesmo assim, tem muita gente com dificuldade para se libertar do efeito hipnótico da publicidade governamental.
Não estou falando somente do povo humilde, que é vítima.
Refiro-me à “elite” que, por exemplo, está adorando a taxa de juros que arruína o pobre para garantir o lucro dos ricos.
Quem produz no Brasil pode ganhar muito mais e honestamente com um governo justo e decente.
A tendência é que o salário do trabalhador também melhore.
Mas preferem as facilidades da "porta larga", sem mérito nem esforço.
Isso é incrível.
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Vou imitar José Serra.
Ontem ele disse que não é possível que alguém defenda a taxa de juros que é a maior do mundo e se assustou quando alguém o avisou que a Dilma defendeu isso.
Eu tenho visto propaganda de banco oferecendo “facilidades” incríveis nos empréstimos, o que eu chamo de endividamento voluntário para gastar com as bobagens que garantem a popularidade do presidente.
Um exemplo: "pegue dois mil e pague “apenas” 60 vezes de 65 reais". O coitado que cai nessa armadilha paga praticamente o DOBRO e ainda fica feliz.
Então eu digo, não é possível que alguém aceite pagar o dobro do que recebeu.

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