terça-feira, 30 de agosto de 2011

Aumento de superávit sim, corte de gastos não!

"No pronunciamento no plenário disse que considerei inócuo o anúncio da elevação em R$ 10 bilhões da meta do superávit primário para este ano, porque a medida não contribui para a redução das taxas de juros e não é resultante de corte de gastos.
O aumento anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, já ocorreu em função do aumento da arrecadação tributária, e é difícil acreditar no propósito de corte de despesas sem uma reforma administrativa."


Álvaro Dias

Aumento de superávit sim, corte de gastos não! from Alvaro Dias on Vimeo.


Oposição chama de “factoide” aumento da meta do superavit
Por Márcio Falcão, na Folha Online:

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), classificou nesta segunda-feira de “factoide” a elevação da meta do superavit primário (resultado antes do pagamento dos juros) do governo central em R$ 10 bilhões.
O governo central é composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

Segundo Dias, a elevação do superavit foi provocada pelo aumento da arrecadação e não por cortes.

“Não há nada de novo no que foi apresentado.
Em julho, já alcançamos quase 80% do superávit previsto.
Isso não contribui para a redução dos juros.
Isso é reflexo da arrecadação e não de cortes”
, disse.

Para o líder tucano, ao anunciar as medidas, o governo quis “cooptar” a base aliada para evitar a votação de matérias que tenham impacto nos cofres públicos.

“Esse encontro de hoje só tinha o objetivo de cooptar a base aliada para evitar a aprovação de medidas que onerem os cofres públicos.
É um factoide.
O governo precisa fazer uma reforma administrativa, enxugar gastos.”


Em reunião com o Conselho Político, a presidente Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciaram que será enviado ao Congresso Nacional um projeto prevendo o aumento da meta nominal para a economia que o governo faz antes do pagamento dos juros da dívida, que passará a ser de R$ 91 bilhões, o que significa uma elevação de 0,25% a 0,30% do PIB (Produto Interno Bruto).
Mantega disse ainda que a medida procura evitar um desaquecimento da economia brasileira, como aconteceu durante a crise de 2008.

Na conversa, a presidente pediu aos partidos aliados que só votem a Emenda 29, que regulamenta os gastos com saúde nos três níveis de governo, com a criação de uma nova fonte de recursos.
A presidente não fez referência de como seria essa nova fonte.


A proposta conta com aval dos aliados do Planalto e pode ser analisada na Câmara dos Deputados em setembro.

Dilma também pediu que os parlamentares não coloquem em votação a PEC 300, que cria um piso salarial aos agentes de segurança em todo país.

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