segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Lula foi à lona em Bogotá

En durísima respuesta, Uribe describe a Lula como hipócrita y cobarde

AlvaroUribeVel - no twitter

Lula: muchos colombianos repudiamos su permisividad con los narcoterroristas de las Farc

Leiam artigo do jornalista Augusto Nunes

O pastelão encenado no picadeiro do Circo do Planalto por Dilma Rousseff, Nelson Jobim e Celso Amorim acabou ofuscando o fiasco do palanque ambulante em Bogotá, onde fez escala na quinta-feira passada para animar um encontro entre empresários brasileiros e colombianos.
Lula estava lá para discorrer sobre as relações entre os dois países.
No meio da discurseira, resolveu discutir a relação com Alvaro Uribe.
Foi nocauteado no primeiro assalto.

Caprichando na pose de consultor-geral do mundo, com os olhos voltados para o presidente Juan Manuel Santos, Lula cruzou a fronteira da civilidade com a desfaçatez dos inimputáveis.

“Estou certo que você e a presidenta Dilma Rousseff podem fazer mais do que fizemos o presidente Uribe e eu”, começou.

Pararia por aí se fosse sensato. Nunca será, confirmou a continuação do falatório:

“Tínhamos uma boa relação, mas com muita desconfiança.
Não confiávamos totalmente um no outro”.


Lula confia em delinquentes, cafajestes, doidos de pedra, assassinos patológicos, sociopatas, ladrões compulsivos ─ e em qualquer obscenidade cucaracha.
Hugo Chávez é um bolívar-de-hospício, mas o amigo brasileiro participou até de comícios eleitorais na Venezuela.
Evo Morales tungou a Petrobras e anistiou os ladrões de milhares de carros brasileiros, mas Lula tem muito apreço por um lhama-de-franja.
Cristina Kirchner não perde nenhuma chance de atazanar exportadores brasileiros, mas Lula não resiste ao charme da inventora do luto de luxo.
O único problema do subcontinente é Uribe.

Embora desprovido de razões para desconfianças, Lula foi permanentemente desrespeitoso ─ e frequentemente grosseiro ─ com o colombiano que também conseguiu dois mandatos nas urnas, despediu-se da presidência com 85% de aprovação nas pesquisas e transmitiu o cargo ao sucessor que escolheu.
Embora sobrassem motivos para desconfiar de Lula, Uribe sempre o tratou com respeito e elegância.
E suportou pacientemente, durante oito anos, as manifestações unilaterais de hostilidade.

A paciência chegou ao fim, avisou a devastadora sequência de mensagens divulgadas por Uribe no Twitter.

“Lula criticava Chávez em sua ausência, mas tremia quando ele estava presente”, pegou no fígado o primeiro contragolpe.

Outros três registraram que “Lula se negou a extraditar o Padre Medina, terrorista refugiado no Brasil”, que “Lula procurou impedir que a televisão transmitisse a reunião da Unasul em Bariloche que discutiu o acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos” e que “Lula jamais admitiu que os integrantes das FARC são narcoterroristas”.

O quinto contragolpe ─ “Lula fingia durante o governo que era o nosso melhor amigo” ─ não seria o último.

Mas o nocaute já se consumara quando foi desferido.
É compreensível que o viajante ainda estivesse grogue no dia seguinte, como comprovam a forma e o conteúdo da entrevista publicada pelo jornal O Tempo.
“Sinceramente, estranhei muito a reação do companheiro Uribe, por quem tenho profundo respeito”, recuou o palanqueiro, que se negou a comentar o teor das mensagens.

“Se ele tem alguma dúvida com alguma coisa que eu disse, seria mais fácil me chamar em vez de tuitar”, queixou-se.
O uso do neologismo parece ter induzido o repórter a acreditar que Lula tem intimidade com modernidades virtuais.
Pretendia usar o twitter para responder a Uribe? , quis saber o jornalista.
“Não, porque é preciso pensar antes de dizer as coisas, e muitas vezes no Twitter a pessoa não pensa, simplesmente escreve”, desconversou.

Como o entrevistador não replicou, pode-se deduzir que não conhece direito o entrevistado.
Deveria ter-se informado com Uribe, que sabe com quem está falando.
O ex-presidente colombiano sabe que Lula é do tipo que primeiro fala e depois pensa ─ se é que pensa.
Sabe que Lula não escreve, em redes sociais ou num guardanapo do botequim, pela simples e boa razão de que não quis aprender a escrever.

Lula comprou a briga usando o microfone.
Colidiu com a palavra escrita e acabou nocauteado pelo Twitter.

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