Macacos de imitação do tal primeiro mundo, ainda por cima temos um ralo critério na escolha do que vamos imitar. Porém ainda temos algum, nem tudo está perdido.
O tal do politicamente correto, praga que empobrece qualquer conversa, quanto mais a Literatura, veio copiado dos States, mas não se estabeleceu por aqui. Pouquíssimos quiseram se referir ao baixinho como verticalmente prejudicado!
As cotas tiveram mais êxito. Perniciosas, posto que dispensam o esforço de quem quer conseguir alguma coisa que exija esforço pessoal e sabe que, se pertencer a alguma das categorias elencadas, o caminho está livre.
Cotas para ingresso no Itamaraty, cotas para ingresso nas universidades, cotas para isso ou aquilo, cotas que no fundo diminuem a pessoa pois ela sabe que não entrou em condições de igualdade com os demais, serão para sempre sua marca.
Com a aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, começa um murmúrio aqui e ali sugerindo à dona Dilma que nomeie outro negro para o STF. Ainda não vi ninguém pedindo outro jurista capaz, firme, forte e determinado como o que sai. E aproveito para acrescentar um pedido pessoal: alguém que saiba, como o Marco Antonio, de Shakespeare, dizer tudo que deve dizer com a lhaneza de gestos e palavras do grande personagem shakespeariano.
Mas cotas para ingresso no Supremo Tribunal Federal? Meu Deus, aquele é um dos Três Poderes da República! Cotas? Não, ali as cotas não podem valer, ali só podem entrar os muito bem preparados, juristas de qualquer origem, etnia, crença ou gênero.
![](http://og.infg.com.br/in/12641685-3a5-582/FT1260A/2014-718089677-20140527195101407rts.jpg_20140527.jpg)
As fundas e as pedras surgiram antes do arco e da flecha. Nem por isso podemos sair por aí, como ‘davids’ de quinta categoria, a andar com pedras e fundas prontas a serem usadas.
Vamos esquecer as cotas. Não é delas que precisamos, é de escolas públicas, da creche ao fundamental, em todos os municípios do Brasil. O dia em que nossas escolas formarem rapazes e moças aptos a ingressarem em qualquer faculdade ou escola técnica, sem necessidade de vestibulares ou exames de acesso, com base somente no histórico de cada aluno, o Brasil poderá se intitular um país.
É por aí que a situação socioeconômica, que é o verdadeiro nó da questão, será sanada. O restante virá naturalmente depois.
Somente com educação de qualidade alcançaremos a tão almejada igualdade. E aí seremos todos iguais, na medida em que a natureza permitir a igualdade. O que, infelizmente, nem sempre acontece...
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