segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pra que gastar fortunas com campanha política?

A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço e angaria algumas simpatias só por não ser Lula.
É um bom motivo, claro!, mas insuficiente.
E a oposição baba na gravata

Por Reinaldo Azevedo

Reportagem de ontem de O Globo mostrou que o governo federal executou só 0,5% do programa “Minha Casa, Minha Vida” e que a liberação de recursos para algumas das principais promessas de Dilma Rousseff para este ano não chega a 10%.
(...)

Já demonstrei que, no ritmo que o governo federal entrega as casas, serão necessários 26 anos para cumprir a promessa dos 3 milhões de moradias.

Ontem, a Folha noticiou que, na base da pura canetada, a Infraero aumentou o número de passageiros/ano dos 13 aeroportos da Copa em estupendos 107 milhões.
Foi assim, num estalo de dedos: “Ooops, erramos as contas!”

Ruim de serviço
A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço pra chuchu.
Já era, não custa lembrar.

1 - Foi a gerentona no governo Lula e assistiu impassível ao estrangulamento dos aeroportos. Nada fez!

2 - O marco regulatório que inventou para a privatização das estradas federais não conseguiu fazer o óbvio: duplicar rodovias, melhorar o asfalto, diminuir o número de vítimas.
Cobra um pedágio “barato” para oferecer serviço nenhum.
Ou seja: é caro demais! Um fiasco completo!


3- O Brasil foi escolhido para a sede da Copa do Mundo há 47 meses.
Em apenas nove, de abril a dezembro de 2010, ela esteve fora do governo.
Era a tocadora de obras de Lula e é a nº 1 agora.
E o que temos?
Seu governo quer uma espécie de AI-5 das Licitações para fazer a Copa.
Quanto às obras de mobilidade, Miriam Belchior entrega o jogo: melhor decretar feriado.


4 - Na economia, há um certo clima de barata-voa.
A elevação do IPI dos carros importados é um sinal de que estão seguindo a máxima de que qualquer caminho é bom para quem não sabe aonde vai.
O único que vai perder é o consumidor…


5 - Na seara propriamente institucional, Dilma deixa que prospere o debate da reforma política como se ela não tivesse nada com isso.

6 - Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, afirma que o governo vai tentar, sim, um novo imposto para financiar a Saúde — a presidente prometeu de pés juntos que o governo não recorreria a esse expediente.

7 - As promessas na área social para seu primeiro ano de governo naufragaram.
Não vai entregar as UPAs, as quadras, as casas, os postos policiais…


Não obstante, a presidente tem angariado algumas simpatias mesmo em setores não exatamente entusiasmados com o petismo.
É compreensível.
A gigantesca máquina de propaganda, como sempre, atua com grande competência.
Mas não responde sozinha pelo “sucesso”.

A oposição no país, excetuando-se alguns guerreiros isolados, é sofrível, beirando o patético.
Como a presidente pôs na rua alguns valentes, mais fatura ela com a “faxina” dos que seus adversários com as acusações.
Falta uma agenda — quando não sobra, sei lá como chamar, “adesismo tático” que se finge de estratégia.

(...)

Lá com os seus botões, Dilma deve pensar:

“Governar o Brasil é bolinho; nem é preciso acertar.
Enfrentar a oposição é fácil; difícil é aturar a base aliada”…

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