quarta-feira, 28 de setembro de 2011

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO
No blog do Cláudio Humberto
Portugal (por Jorge Oliveira)

Portugal não produz uma gota de petróleo, seus rios não geram energia e tudo que consome importa.
É um pais dependente de energia e, por isso, sofre mais com a crise que se alastra pela Europa.
Analistas acreditam aqui que Portugal só sairá do sufoco em 2013, quando as medidas tomadas pelo governo fizerem efeitos: congelamento dos salários dos servidores públicos, aumento dos impostos, cortes nas despesas e extinção de empresas estatais obsoletas.

Por causa dessa deficiência energética que deixa o país dependente do Brasil e de Angola, responsáveis por 50% do petróleo que consome, é que Portugal, ao contrário de outros países autossuficientes, vem desenvolvendo como pode alternativas energéticas para enfrentar o futuro.

Por exemplo, é exportador de tecnologia de energia solar, que abastece minimamente o país – obriga hoje todos os prédios em construção a instalar equipamentos solares – e desenvolve com grande sucesso veículos movidos a energia elétrica, antipoluente, mais econômico e alternativa prática de redução dos derivados do petróleo como gasolina e óleo diesel.

Os carros elétricos começaram a ser fabricados em escala industrial em julho de 2010, quando os primeiros “Little Tour” foram montados e exportados para França, parceira de Portugal na montagem dos carros, com autonomia para 100 quilômetros e de quatro a seis horas para carregar as baterias nos mais de 300 pontos já instalados no pais.
Os primeiros veículos, da Norchapa (francesa) e a ISA (Coimbra) chegam ao consumidor ao preço de 15 mil euros (cerca de 40 mil reais), depois de um investimento de 2 milhões de euros na execução final do projeto.

Com a instalação de postos de carregamento, carros elétricos de outros países da Europa também já circulam normalmente em Portugal.

O Brasil, um dos mais privilegiados no mundo em fontes naturais de energia, na prática desacelerou o desenvolvimento dos seus projetos alternativos, baseando as suas matrizes apenas no petróleo e nas hidrelétricas.

Na década de 1970 quando sofreu as consequências do racionamento de energia, foi quem mais criou soluções alternativas como a eólica, solar, álcool combustível e até... a nuclear.
Hoje, na contramão do futuro, abusa da fartura.

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