segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Brasil fica atrás de qualquer país desenvolvido e de outros emergentes no mercado de trabalho

Ranking de qualificação de jovens para mercado global põe Brasil em 35º lugar, entre 60 países
Bruno Villas Bôas - O Globo

Num mercado de trabalho cada vez mais globalizado, os jovens brasileiros estão perdendo a corrida na disputa por uma vaga para estudantes de outros países por causa da qualidade precária do ensino fundamental e médio do país, inclusive nos colégios particulares, revela reportagem publicada na edição deste domingo do GLOBO.

Um estudo da consultoria Heidrick & Struggles - uma das maiores do mundo em contratação de executivos - mostra que essa fase dos estudos pode ser um problema para formação de talentos brasileiros para o mercado internacional.

O Global Index Talent 2011 (Índice Global de Talentos, em inglês), elaborado pelo consultoria, coloca a qualidade do ensino fundamental brasileiro na 35 posição num ranking de formação de futuros executivos que envolve 60 países.

Nesse ranking, o Brasil fica atrás de qualquer país desenvolvido e mesmo de outros emergentes, como Rússia (27), Argentina (30) e Coreia do Sul (33).

Sócio das operações brasileiras da Heidrick & Struggles, Dárcio Crespi, um dos principais caçadores de executivos do país, explica que a qualidade do ensino básico deixa profissionais para trás na competição global.

- Um ensino fundamental fraco se transforma em um ensino médio pobre e um ensino superior sofrível.
É como uma bola de neve.
Se não existe uma formação boa na base, a pessoa precisa fazer um esforço muito grande para suprir aquelas deficiências nos anos seguintes.
E o ensino brasileiro, na média, não ajuda os talentos a se destacarem
- afirma Crespi.

O economista Gustavo Ioschpe alerta que a deficiência de ensino não é uma exclusividade das escolas públicas.
Para ele, os pais precisam abrir os olhos para a formação de seus filhos em colégios particulares.
Ioschpe explica que, na última prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alunos das escolas particulares do Rio tiraram nota média de 55,5 pontos numa escala até cem.
Isso significa que aprenderam metade das habilidades que poderiam.

Confira a íntegra da reportagem no Globo Digital (somente para assinantes)

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