terça-feira, 5 de julho de 2011

Interrupção do tratamento da hepatite C pelo SUS assusta pacientes

Sistema Único de Saúde garante o fornecimento do medicamento Interferon durante 48 semanas, se o paciente não ficar curado, medicação é suspensa.
Bom Dia Brasil

Uma história mostra o sofrimento e a indignação de portadores do vírus da hepatite C, que tiveram o tratamento interrompido.

O SUS garante o fornecimento do medicamento Interferon durante 48 semanas, mas se o paciente não ficar curado durante esse tempo, ele tem a medicação suspensa.
Com isso, a doença pode voltar a atacar com força.


Alguns pacientes demoram mais para reagir ao remédio e por isso precisam tomá-lo por mais tempo, mas não estão conseguindo receber o medicamento pelo Sistema Único de Saúde.
Para quem precisa do Interferon, são dias de muita angústia.

"Eu não me importo de pagar IPTU; IPVA; ISS; INSS; Cofins; Pis.
Só queria uma retribuição do estado para dar uma oportunidade para que eu possa ver as minhas filhas crescerem e hoje este medicamento me dá a oportunidade de, algum dia, poder ver as minhas filhas formadas e constituídas"
, afirma Alexandre Abdalla, que descobriu que estava contaminado com o vírus da hepatite C durante uma doação de sangue. .

Segundo o Ministério da Saúde, quatro milhões de pessoas são portadoras do vírus da hepatite C no Brasil, mas, desse total, apenas 11 mil recebem o tratamento de graça pelo SUS.

Francisco Martucci é presidente da ONG "C tem que saber, C tem que curar", entidade que dá assistência aos portadores da hepatite C.
Para ele, a atitude do Ministério da Saúde é absurda e o tratamento não pode ser interrompido.


"Não concordamos que o estado cerceie um direito condicional que um cidadão pagador de impostos tem mediante a saúde pública”, afirma Francisco.

Nas farmácias, um frasco de Interferon peguilado custa, em média, R$ 300.
Por mês, o paciente precisa tomar quatro injeções do medicamento, o que significa uma despesa mensal de R$ 1,2 mil.

A assessoria do Ministério da Saúde informou que a portaria que define o tempo de tratamento está em processo de revisão, mas não há prazo para que ela entre em vigor.

Assistam o video da reportagem AQUI.

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