quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Marcha contra a corrupção é um SUCESSO!

Marcha Contra a Corrupção é, sim, um sucesso!
E se faz enfrentando a sabotagem dos que se venderam ao petismo

Por Reinaldo Azevedo

DE OLHOS BEM ABERTOS - Milhares que participaram da Marcha Contra a Corrrupção protestam em frente ao Palácio da Justiça, em Brasília (Foto: Gustavo Miranda/O Globo)

Em Brasília, estima-se em 20 mil os que marcharam contra a corrupção; em São Paulo, 2,5 mil.
Havia protestos marcados em outras cidades.
Não há um balanço geral.
De todo modo, à diferença do que diz a canalha oficialista, é bastante gente, sim!
Até porque, sabemos, os ditos “movimentos sociais” e as organizações de caráter sindical, inclusive a UNE, não só estão fora do movimento como o sabotam.

“O diferencial é que este é um movimento do povo, sem vinculações com sindicatos ou partidos.
A UNE nem nos procurou porque está comprada pelo PT”
, afirmou ao jornal O Globo a organizadora do evento em Brasília, Daniela Kalil, de 32 anos, corretora de imóveis.

Na mosca! Como afirmei no dia 8 de setembro, a UNE e os ditos movimentos sociais não comparecem porque estão contando dinheiro.
E dinheiro oficial, que sai do bolso dos brasileiros, as vítimas dos corruptos.

A lógica cristalina indica, pois, que aquela gente que já foi chamada, um dia, “sociedade civil” é, hoje, sócia da corrupção.

O PT privatizou quase todas as organizações da dita sociedade civil; tornaram-se aparelhos do partido, meros porta-vozes do oficialismo.
Isso responde, como sabem, àquela questão já tornada clássica de Juan Arias, correspondente do jornal El País no Brasil:
“Por que os brasileiros não se indignam?”

Eles se indignam, sim.
Ocorre que a “massa na rua” nunca é um fenômeno que se dá por geração espontânea; sempre há os profissionais da organização, que são os líderes de sindicatos e movimentos sociais.
Como essa gente toda está no bolso do PT - e com os respectivos bolsos cheios -, então se tem essa impressão de pasmaceira.

É por isso que afirmo que os 20 mil de Brasília - ou mesmo os 2,5 mil de São Paulo - são uma medida de sucesso do movimento.
De fato, como fica a cada dia mais evidente, estamos falando de cidadãos não-engajados no melhor sentido que a expressão pode ter:

NÃO ESTÃO NA RUA A SERVIÇO DE NINGUÉM, A NÃO SER DA PRÓPRIA INDIGNAÇÃO.

Se querem saber, intimamente, os petralhas temem mais uma reação como essa do que um eventual movimento organizado da oposição.
Nesse caso, eles catalogariam facilmente o protesto: “É coisa de tucano; é coisa de democratas”.
Bem, o que se vê nas ruas é coisa de quem está com o saco cheio da corrupção oficial e do modo como se faz política - é bem possível que os que protestam não morram de amores nem pela oposição, o que seria absolutamente compreensível.

Os petralhas gostam de ironizar os indignados, de submetê-los ao ridículo, porque temem que esse sentimento difuso em defesa da ética, da moralidade e da decência se espalhe.
Fica mais difícil combater o que eu chamaria de uma “pauta imaterial”, que tem a ver com valores - a oposição jamais conseguiu trabalhar esse elemento da política; atém-se a uma crítica puramente administrativista do governo, sugerindo que fará mais e melhor quando chegar ao poder…
É por isso que não faz verão e que acaba comida pelo PT e seus aparelhos…

Os que têm coragem de ir para as ruas não devem desanimar.
Ignorem todas as críticas que sustentarem que o movimento é tímido demais, que não vai dar em nada; ignorem todos os conselhos para que vocês se subordinem a grupos, a partidos ou o que seja.
Sua força está justamente em não dever nada a ninguém.
Caso alguém lhes pergunte algo assim:
“Mas, afinal, o que é que vocês querem?”, não tenham receio de dizer:
“Queremos decência!”

É um bom motivo para tomar as ruas.

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