segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Após extirpar partidos, qual será o próximo alvo do PT?

Os propósitos são mais instigantes que os fatos, ao menos o que aparenta ser um fato.
Partidos se submeteram a um papel secundário no cenário político desde a chegada do PT ao poder. Óbvio que jamais terão chance alguma de protagonizar uma campanha eleitoral à presidência da república enquanto estiverem apenas a serviço do Partido dos Trabalhadores.

Lula e seus militantes amestrados (doutrinados) vem promovendo um processo de extirpação de partidos que fazem oposição ao governo, não importa se essa oposição seja extremamente cordial e responsável, o que interessa ao partido no poder é se livrar de qualquer possibilidade de crítica e de fiscalização de seus atos.

O brasileiro, ignorando os princípios fundamentais da Democracia, tem embarcado cegamente nessa onda e, envenenados pelo discurso do ódio, elegeu massissamente candidatos submissos ao Executivo.
Essa ampla maioria governista impede que a oposição utilize suas prerrogativas para investigar as denúncias de corrupção na administração pública.

A sucessiva onda de denúncias, provavelmente vazadas por quem tem acesso a informações privilegiadas, ou seja, por membros do próprio governo, indica que o próximo passo é se livrar dos partidos aliados, e fazem isso desmoralizando os ministros indicados por esses partidos.

Só não vê quem não quer ou quem compactua com esse esquema próprio das tiranias.

Leiam matéria do Estadão:

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Bastidores: Alvo de denúncias, PSB se aproxima do 'balaio' da faxina
Christiane Samarco, de O Estado de S.Paulo

Não só o PT criticou de público e vibrou às escondidas com o envolvimento do PSB - do ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho (PE) - em denúncias de irregularidades.

Ao final de 2011, apenas os socialistas haviam escapado da "faxina" presidencial que varreu da Esplanada ministros de PT, PMDB, PR, PP, PDT e PC do B. Agora, diz um líder da base aliada, "estamos todos no mesmo balaio".

Setores expressivos do PT admitem nos bastidores que veem o PSB como adversário, a despeito do apoio dado ao governo Dilma. Dizem que a parceria nacional não se repete nos Estados. Inclusive pernambucanos acusam o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de concorrer com petistas e se aliar ao PSDB em Estados estratégicos, como Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

Explica-se, assim, a estocada do secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), no PSB, usando o Twitter para dizer que "ministro que vira as costas ao País para privilegiar seu quintal deve ser contido".

Vargas foi bem mais agressivo que o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Ele defendera maior equilíbrio na aplicação de recursos da Integração para desastres naturais, concentrada em Pernambuco.

Mercadante divide com Fernando Bezerra Coelho um prédio na Esplanada dos Ministérios e o elevador privativo. Foi nele que o petista chegou à antessala do colega para se desculpar pela crítica.

Mas para Campos a retratação não foi espontânea. Diante de sua fúria, a presidente Dilma teria recomendado a Mercadante que jogasse água fria na fogueira da crise com os socialistas.

Bem mais discretos que os petistas, mas também satisfeitos com o ingresso do PSB na lista dos "baleados" da base, expoentes do PMDB não escondem que rivalizam com os socialistas dentro e fora do governo.

A boa reputação que o PSB desfilava, alheio às denúncias de 2011, irritava peemedebistas - sobretudo por causa da movimentação de líderes socialistas para ocupar o espaço de parceiro preferencial do PT, de olho no posto de vice-presidente na chapa da tentativa de reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. Agora, avaliam, o jogo foi zerado e ninguém leva vantagem.

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