domingo, 12 de fevereiro de 2012

'Padrinhos' atuaram para manter Denucci

O "Estadão" de hoje explica a saia justa em que se meteu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao tentar explicar porque demorou tanto tempo para demitir o presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, mesmo sabendo das sérias acusações que caiam sobre ele.
O ministro jogou a bomba no colo de um partido da base do governo, alegou que a indicação de Denucci seria do PTB, mais um na mira do Palácio do Planalto.
O partido garante que não, que Denucci é apadrinhado por gente importante, de peso, o que explica a demora para demiti-lo.


O ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci, demitido mês passado sob suspeita de irregularidades, se manteve no cargo mesmo depois do alerta da Polícia Federal por contar com uma rede influente de padrinhos, que começa no ex-presidente Lula, chega ao ex-ministro Delfim Netto e, por razões afetivas indiretas, encontra respaldo na presidente Dilma Rousseff.

A teia formada desde a nomeação de Denucci fez o governo pisar em ovos ao demiti-lo e expôs o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao seu maior constrangimento no cargo

No governo, a presidente Dilma Rousseff manteve o apoio dado a Denucci pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, quando ele assumiu o cargo.
(...)

A presidente Dilma Rousseff era amiga da irmã de Denucci, Tereza Cristina Denucci Martins, falecida ano passado de câncer.
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Padrinhos.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, garante que quem "brigou" pela nomeação de Denucci foi o presidente Lula e não o seu partido, como Mantega insiste em afirmar.
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O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) afirma que só mesmo um apadrinhamento de peso explica a posição da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e do ministro Mantega em não atender ao pedido do partido para exonerar Denucci.

"O Jovair ( deputado Jovair Arantes, líder do PTB) pediu mais de 10 vezes para Ideli substituir o presidente da Casa da Moeda e ela não substituía", disse.

"Isso só se justifica pelos padrinhos que ele tinha", complementou.

A assessoria da ministra confirmou o pedido, mas disse que Ideli não foi atendida no pleito ao partido para formalizar o pedido por escrito. O líder Jovair mostra a carta que entregou ao ministro da Fazenda dia 30 de fevereiro de 2010, pedindo que "afaste" Denucci "da mesma forma que o governo agiu em situações similares, afastando agentes públicos atingidos por investigações criminais".


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