segunda-feira, 2 de abril de 2012

GOVERNO DO PT - A ALEGRIA DOS BANQUEIROS ÀS CUSTAS DE UM POVO ENDIVIDADO

BC reduz juros básicos, mas bancos ampliam seus ganhos nas operações
Em sete anos, total do crédito nos bancos sobe de R$ 607 bi para R$ 2,03 tri

Ronaldo D'Ercole - O Globo

Mesmo com a queda dos juros básicos da economia (Selic) e a forte expansão do crédito nos últimos anos, os bancos brasileiros resistem em reduzir os spreads (diferença entre a remuneração que pagam aos investidores e o que cobram nos financiamentos aos clientes) e, pior, eles vêm aumentando as margens de ganho sobre empréstimos. É o que mostra estudo exclusivo da consultoria Austin Rating.

Com base em informações do Banco Central, a Austin identificou que, enquanto a Selic caiu de 18% ao ano, em dezembro de 2005, para 10,25% em fevereiro deste ano, os spreads médios nos bancos variaram de 28,6 para 28,4 pontos. No entanto, a fatia que vai para o caixa dos bancos (margem líquida) subiu de 29,64% para 32,73%.

Os números compilados pela Austin mostram que os custos administrativos e com compulsórios caíram nesse período, mas em vez de diminuir as taxas para o tomador final, os bancos aumentaram a parte do spread destinada a cobrir impostos, e também elevaram seus ganhos (margem líquida).

Para os especialistas, isso contribuiu para os lucros recordes do setor nos últimos anos.
(...)

Nos últimos sete anos, o volume de operações de crédito contratado pelos bancos passou de R$ 607 bilhões para R$ 2,03 trilhões, um avanço de cerca de 250%. Esse movimento fez com que os empréstimos passassem a responder por mais da metade (51,6%) das receitas dos bancos com intermediação financeira e serviços em 2010. Em 2011, com as restrições ao crédito baixadas pelo governo para segurar a inflação, essa fatia recuou para 47,58%, muito superior aos 42,8% de dezembro de 2005.

Pesquisa do Banco Central, divulgada semana passada, mostrou que os bancos voltaram a subir juros em fevereiro: a taxa média para empresas e pessoas físicas no crédito livre, sem destinação específica, passou de 38% para 38,1% ao ano. Já, no crédito pessoal foi de 50,3% para 50,6%.
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