sábado, 23 de junho de 2012

CRUELDADE FISCAL EM VEZ DE RENÚNCIA FISCAL

As análises mais lúcidas sobre a situação da economia no país têm enfatizado que o principal fator de recuo nas atividades produtivas no Brasil é a elevada carga tributária, aliada aos altos custos de taxas como as de energia, telefonia, entre outras.
O que tem feito o governo, para estimular o consumo e, por conseguinte, aumentar a arrecadação?
O Tesouro capta recursos no mercado financeiro (feliz da vida), bancando taxas de juros exorbitantes, e injeta no setor produtivo, agora também nos estados, a juros reduzidos.
Pelo que se lê, o alívio é provisório e provoca o endividamento, o que faz de todos reféns do Estado. Mas não se cogita uma Reforma Tributária no lugar da oferta de crédito (ou agiotagem).
Confiram:

Tesouro põe mais R$ 10 bi no BNDES

Cristiane Bonfanti, O Globo

O Tesouro fez na sexta-feira um aporte de R$ 10 bilhões no BNDES. A injeção de recursos é a primeira de um total de R$ 45 bilhões previstos para o ano, segundo foi divulgado em abril, no lançamento da segunda etapa do Plano Brasil Maior.

Os recursos se destinam a reforçar o caixa do banco para financiar projetos do setor produtivo e minimizar os efeitos da crise econômica internacional sobre a indústria.

O aporte será usado no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que oferece juros subsidiados para a aquisição de máquinas, equipamentos e caminhões, entre outros itens. Também em abril, o programa teve a vigência estendida de 2012 para 2013 a fim de estimular os fabricantes.

Os outros R$ 35 bilhões serão transferidos conforme a necessidade de alavancagem de crédito do BNDES.
O banco público recebeu R$ 100 bilhões do Tesouro Nacional em 2009. Em 2010, foram mais R$ 80 bilhões e, entre o ano passado e o início deste ano, já foram feitos aportes de R$ 55 bilhões.

A estimativa do BNDES é desembolsar, em 2012, entre R$ 145 bilhões e R$ 150 bilhões em empréstimos ao setor produtivo e estados. A conta só poderá ser fechada com os aportes do Tesouro.
A equipe econômica aposta na expansão de crédito para impulsionar investimentos públicos e privados. Na semana passada, o governo anunciou uma linha especial de R$ 20 bilhões do BNDES para os 27 estados.

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