sábado, 9 de junho de 2012

As universidades da dupla Lula-Haddad

Antes de policiais desalojarem invasores, a Unifesp já era caso de polícia

A Polícia Militar e a Polícia Federal desalojaram ontem 30 estudantes que haviam invadido dependências administrativas do campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). 

Chamar aquilo de “campus” é apego excessivo à formalidade. A exemplo de outras universidades e campi avançados criados no governo Lula, sob a gestão de Fernando Haddad, trata-se de uma biboca destinada a amontoar alunos. A dupla nunca se ocupou da qualidade de ensino nas federais ou na rede privada que recebe o leite de pata do ProUni. Queria produzir números.

No dia em que se fizer um levantamento sério e independente da qualidade desse serviço no Brasil, vai-se ter noção do estrago e do tempo que vai demorar para qualificar a expansão. Em poucas áreas, incluindo a saúde — que é um desastre —, houve tanta improvisação. Os professores universitários, sempre tão mobilizados, não protestaram porque, não raro, as entidades que os representam estão dominadas pelos “companheiros”. Ao contrário até: o ApeDELTA começou a receber títulos de “Doutor Honoris Causa” em penca.

Estava aqui puxando pela memória. Em 2008, o reitor da Unifesp foi demitido — oficialmente, pediu demissão — sob a acusação de malversação do dinheiro da universidade, conforme se lê em reportagem da Folha. Vejam que maravilha:

O reitor da Universidade Federal de São Paulo, Ulysses Fagundes Neto, renunciou ontem em caráter irrevogável ao cargo máximo da instituição. A renúncia foi decidida depois da divulgação, na edição de ontem da Folha, de relatório elaborado pela Secretaria de Controle Externo do Estado de São Paulo, do Tribunal de Contas da União, sobre irregularidades nos gastos de viagem do reitor, entre 2006 e 2007. Segundo a equipe de inspeção do TCU, Fagundes Neto usou irregularmente recursos do Estado para pagamento de itens de consumo de luxo, cometeu desvio de finalidade, burla ao regime de dedicação exclusiva, realizou viagens não autorizadas ou com prazo superior ao estritamente necessário. Os fiscais propõem a devolução de R$ 229.550,06 aos cofres públicos...
 
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