sexta-feira, 2 de maio de 2014

IMAGEM DO BRASIL É DE AVACALHAÇÃO GERAL

Portugal, Cascais – Que o Brasil não anda bem das pernas todo mundo sabe, que os petistas não representam mais o povo também é fato. O que muitos brasileiros não sabem de verdade é a imagem deteriorada que se tem do seu país aqui no exterior.  Os jornais na Europa avacalham toda notícia que chega do Brasil. Guido Mantega, o ministro da Fazenda, o homem que teoricamente teria que cuidar das finanças, perdeu a credibilidade dos órgãos financeiros internacionais; a presidente Dilma é apontada como despreparada para o cargo e, agora, responsável pela péssima imagem da Petrobrás, depois das denúncias de corrupção; a entrevista do Lula à RTP em Lisboa foi um desastre; e o ultimo pronunciamento demagógico da Dilma feriu frontalmente a legislação eleitoral desmoralizando o Brasil de tal forma que ninguém aposta mais nem um tostão furado no êxito do PT nessas eleições.
Quando se abre os sites brasileiros por aqui o que se vê é assustador. É o deputado federal, Paulinho, da Força Sindical, pedindo a prisão da Dilma, responsabilizando-a pelos desmandos na Petrobrás quando esteve à frente do Conselho de Administração; a volta de José Genoíno, o mensaleiro, para a Papuda; e o Aécio, candidato a presidente, esculachando a Dilma antes do início da campanha eleitoral. Ninguém aposta mais nada nesse governo, que derrete como gelo. Pelo menos este é o sentimento de boa parte dos brasileiros que vivem na Europa. Sentimento de frustração e indignação. A estrela do Lula, “O Cara”, segundo o Obama, antes de quinta grandeza, é cadente. De tanto falar bobagem perdeu a imagem que se formava de estadista para a de tagarela, ignorante em assuntos econômicos e política internacional.
Não seria exagero dizer que se vive no Brasil de hoje uma crise institucional semelhante a que levou Getúlio ao suicídio, quando o jornalista Carlos Lacerda não economizava palavras para denunciar os escândalos do governo. O ex-presidente Lula volta ao discurso sindicalista de trinta anos atrás para apontar a elite pelo desgoverno, como se ele não fizesse parte hoje dessa camada social, que estimulou o sistema financeiro brasileiro a ser um dos mais lucrativos do mundo. Nega peremptoriamente que seria candidato novamente a presidente, quando se sabe que incentiva petistas a fazer o coro do “Volta, Lula” para intimidar Dilma a renunciar a candidatura à reeleição e evitar a acusação de golpista.
Na Europa pouco se fala do Brasil como uma das maiores potências econômicas. Fala-se muito por aqui de samba, mulheres com bunda de fora, de futebol, de  corrupção e de mensalão. A um mês dos jogos da Copa do Mundo reservas de hotéis e passagens de avião estão sendo canceladas por pessoas que temem pela violência de ruas durante os jogos. Repercutiu, inclusive, a informação de que o Chico Buarque de Holanda preferiu assistir os jogos em Paris, onde tem apartamento, a se arriscar indo aos estádios.
É assim que muitos europeus veem o Brasil de hoje, um país à deriva, administrado por sindicalistas irresponsáveis, desqualificados e corruptos. Tanto na Alemanha como em Portugal, ouve-se falar pouco da Copa do Mundo, campeonato organizado pela FIFA , órgão com fama de corrupto, recheado de escândalos. Os brasileiros que circulam pela Europa evitam falar sobre política. Não querem responder a perguntas incômodas como a prisão dos ideólogos petistas e a corrupção generalizada nos órgãos do governo.
Quando um sindicalista como Paulinho, da Força, sobe em um palanque no Dia do Trabalhador para pedir a prisão da presidente Dilma é porque o país perdeu o rumo e as autoridades viraram estercos, já que nesse mesmo palanque estavam o Gilberto  Carvalho, secretário-geral da presidência, e o Ministro do Trabalho, Manoel Dias, que ainda ouviram do líder sindical: “Quem tem coragem mostra a cara e quem não tem manda representantes”.
É o fim. Faça suas apostas.

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