quinta-feira, 8 de maio de 2014

JUIZ QUEBRA SIGILO BANCÁRIO DA PETROBRAS


SÈrgio Fernando Moro

O juiz que chefia as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, já recusou pelo menos duas vezes a própria promoção a desembargador federal, única maneira de retirá-lo do caso. Técnico, rigoroso, incorruptível e competente, Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, é hoje o homem mais temido por políticos influentes e poderosos empresários fornecedores da Petrobras. 

O juiz Sérgio Moro orgulha os amigos no Paraná, que avisam: se dependesse dele, não sobrariam corruptos impunes no País.

Leia mais na Coluna Cláudio Humberto.

A informação complementa a notícia de hoje sobre a quebra de sigilo bancário da Petrobras determinada justamente pelo juiz Sergio Moro. A medida alcança o período da gestão de Dilma no comando do Conselho de Administração da Petrobras, o que faz com que a presidente seja um dos principais alvos da caçada aos corruptos.

A matéria abaixo é da Folha Poder:



O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, decretou a quebra do sigilo bancário da Petrobras nas operações financeiras envolvendo empresas contratadas para as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

"A Petrobras deverá apresentar em 20 dias o resultado da quebra discriminando as transferências, data, valor, contas envolvidas, por empresa acima referida, discriminando ainda as transferências a essas empresas relacionadas a pagamentos por obras, produtos ou serviços na Refinaria Abreu e Lima", diz Moro em despacho divulgado hoje. O pedido da quebra de sigilo foi feito pelo Ministério Público Federal.

A Justiça Federal do Paraná determinou que a quebra de sigilo da estatal abranja o período de de 01/01/2009 a 31/12/2013, "exclusivamente sobre as transferências bancárias" realizadas pela estatal para o Consórcio Nacional Camargo Corrêa e Sanko-Sider. Uma das hipóteses da PF é que a Sanko-Sider repassava a políticos dinheiro que recebia da Petrobras.

A Justiça também autorizou a quebra de sigilo bancário de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal preso pela Polícia Federal na Lava Jato. Ele é réu numa ação penal sob suspeita de ter desviado recursos públicos da refinaria Abreu e Lima.

Costa foi diretor de distribuição da Petrobras entre 2004 e 2012 e cuidou dos projetos técnicos da refinaria. Segundo dados do juiz federal Sérgio Moro, só no contrato do consórcio CNCC, formado pela Camargo Correa, líder no empreendimento, e Cnec, teria havido um superfaturamento entre R$ 208 milhões e R$ 426,2 milhões para a construção de uma unidade da refinaria, a de coqueamento, segundo dados do Tribunal de Contas da União.

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