quarta-feira, 29 de agosto de 2012

PAGOT CONTA O QUE DEVIA, SIM - ESSA É A FINALIDADE DA "CPI"

Pagot é vítima de um ataque de sinceridade e conta o que não devia

Ricardo Noblat 

Ou é um bom ator ou de fato o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, Luiz Antonio Pagot, foi vítima de um surto de sinceridade aguda ao depor, ontem, na CPI do Cachoeira.
Lá pelas tantas, depois de confessar que pedira dinheiro a empresas que serviam ao Dinit para assim  ajudar a campanha presidencial de Dilma Rousseff, ele comentou olhando para os deputados que o ouviam:

- Não gostei do que fiz. Não foi ilegal. Mas foi falta de ética.

Foto: André Coelho / O Globo

A CPI do Cachoeira não queria tomar o depoimento de Pagot. Foi ele que forçou sua própria convocação. Primeiro se defendeu. Negou que tivesse cometido irregularidades à frente do Dnit. Depois fez revelações incômodas.
A mais incômoda delas teve a ver com a ida duas vezes ao seu gabinete do tesoureiro de campanha de Dilma, José de Filippi Júnior.

- Fui procurado pelo tesoureiro da campanha da presidente Dilma e ele me pediu ajuda. Ele esteve comigo no Dnit, mostrei para ele um rol das empresas que trabalham no Dnit. Ele disse: "As maiores você não precisa se preocupar, que isso é assunto da campanha, mas, se puder, pegue umas 30 ou 40 que possam fazer doações" - contou.

Pagot procedeu conforme orientação do tesoureiro. Segundo ele, ao encontrar empresários ou seus procuradores, pedia que doassem dinheiro para a campanha de Dilma. Na época, o Dnit tinha contrato com 369 empresas.
(...)

Dilma escalou paredes quando soube das confissões de Pagot.

Íntegra  AQUI.

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