sábado, 18 de agosto de 2012

Rodovias só no papel

Autor(es): Ronaldo D"Ercole
O Globo - 17/08/2012

Concessionárias de estradas da era Lula só investiram 15% dos R$ 590 milhões previstos

Festejadas pelos governo por terem obtido as tarifas de pedágio mais baixas do país, as concessões à iniciativa privada dos oito lotes de rodovias leiloados em 2008, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pouco ou nada receberam dos investimentos (em obras de ampliação e modernização) previstos nos contratos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), dos cerca de R$ 590 milhões que deveriam ter sido aplicados nas obras dos sete trechos concedidos, até fevereiro deste ano, apenas R$ 92 milhões, ou 15,6%, foram desembolsados.

Cinco dos projetos sequer foram iniciados, como o Contorno de Campos, na BR-101, ainda em fase de estudo do traçado; e a ampliação da Avenida do Contorno, na região de Niterói, cuja obra está sendo revista e aguarda licenciamento ambiental. A duplicação do trecho da Serra do Cafezal, na rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, foi a obra que mais recebeu recursos: R$ 80,9 milhões. Mas só um trecho de seis quilômetros, de um total de 30, foi entregue ao tráfego.

Em todas as oito rodovias concedidas na era Lula, praças de pedágio foram instaladas já a partir de 2008.

- Esses contratos são um desastre desde o começo, as empresas prometeram um pedágio muito baixo para ganhar as concessões - diz Manoel Reis, coordenador do Centro de Estudos Logísticos da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. - O governo Lula errou ao não cobrar a outorga, que é um valor pela exploração de patrimônio público. A maneira como foram feitas as concessões foi inadequada e populista.
(...)

Íntegra AQUI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário