domingo, 18 de março de 2012

GOVERNO FEDERAL FALA FINO COM A FIFA

Este é um governo que fala grosso com os EUA e fino com a Fifa
Reinaldo Azevedo

A confusão no que respeita à venda de bebidas alcoólicas nos estádios é uma piada grotesca, mais uma evidência de um governo cujo comando não funciona.

Apesar de ter a maior base parlamentar do Ocidente - só deve perder para Raúl Castro (até Chávez enfrenta mais oposicionistas no Parlamento do que Dilma) -, o governo vive na base do susto. Como não sabe para onde vai, todos os caminhos se mostram errados…

Quando Lula “autorizou”, contra a lei, a venda da Brasil Telecom para a Oi - o que foi excelente para Daniel Dantas, que o JEG jurava ser inimigo do governo (que piada!) -, operação financiada pelo BNDES, cravei a frase que está no livro “Máximas de Um País Mínimo”:

“Nas democracias, os negócios são feitos de acordo com as leis; no Brasil, as leis são feitas de acordo com os negócios”.

O modelo de bom selvagem dos intelectuais de esquerda do complexo PUCUSP descobriu, enfim, as delícias do… capitalismo selvagem!

Pois bem! Bebidas alcoólicas são proibidas nos estádios brasileiros - menos nos jogos da Copa porque, afinal, isso estava combinado com a Fifa.

No Brasil, existem leis que garantem a meia-entrada para estudantes e idosos... Ocorre que o país tem de suspender a vigência dessas duas leis porque isso também estaria combinado com a Fifa.

Atenção! Governo nenhum tem autorização para celebrar acordos, com outros países ou com entidades privadas, como é a Fifa, que contrariem a nossa legislação.
(...)

O pior de tudo é que não estamos nem mesmo mudando a legislação em caráter permanente para, então, fazer os jogos da Copa! Não! Teremos uma lei ad hoc, só para atender à Fifa. Depois o governo volta a falar grosso com a brasileirada. Por enquanto, leva pontapé no traseiro e faz o que o nhonhô manda.
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Leiam matéria da Folha.

Para atender Fifa, governo recua e votará liberação de bebida na Copa


Depois de prometer a deputados que iria tirar da Lei Geral da Copa a liberação de bebida alcoólica, o governo recuou para atender a um compromisso firmado com a Fifa.

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