terça-feira, 20 de março de 2012

QUEM É CHANTAGISTA?


Desde que foi criado o bordão dos "TREZENTOS PICARETAS", o ex-presidente adotou esse discurso e certamente tinha um propósito, a população foi criando o hábito de denegrir o Poder Legislativo sem considerar que temos um regime presidencialista.
Chega-se ao absurdo de atribuir aos corrompidos todas as culpas pelos esquemas nas votações que interessam ao Executivo, mas este tem seus males expiados com a concentração da crítica aos que se rendem aos seus apelos, rotulados, ultimamente, como "chantagistas".
Mas são justamente os considerados "picaretas" pelo petismo que formam a base de seu governo há mais de nove anos, enquanto que os parlamentares reconhecidos por sua integridade (isso existe) têm sido defenestrados pelo poder. Na eleição de 2010, a determinação foi a de que o eleitor não votasse nesses "golpistas" que tanto criticam a corrupção no país.



A população realmente elegeu uma ampla maioria governista, o que praticamente anula o papel fiscalizador da oposição, agora deve ser a vez de descartar os partidos da base aliada e é o que Dilma e sua equipe estão fazendo sob os aplausos da midia e das pessoas com visão superficial do jogo político.
Mas os corruptos companheiros estão preservados e impunes.

Tudo isso ficou evidente numa palestra de José Dirceu para sindicalistas do setor petroleiro, em Salvador, durante a campanha de 2010, quando declarou que a vitória de Dilma encarnaria as grandes propostas do PT para o Brasil, desprezando completamente as ideias e propostas dos outros partidos, cada vez mais enfraquecidos após o episódio do Mensalão.
Interessante, a redenção de quem patrocinou o esquema é inexplicável.

Pois bem, se o pagamento de mesada, o Mensalão, com a finalidade de comprar consciências e apoio irrestrito à presidência da República não incomoda o eleitor, a chantagem de "mão dupla", como pode ser comprovada na nota do jornalista Cláudio Humberto, prejudica demais a população, pois os prefeitos contam com as verbas das emendas para atender às necessidades de seu povo.

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