terça-feira, 14 de junho de 2011

Crédito fácil, que iludiu o povo brasileiro, agora coloca País em perigo, diz “WSJ”

Por Luciana Antonello Xavier, da Agência Estado:

O Brasil aparece em uma matéria de capa da edição impressa desta segunda-feira, 13, do jornal The Wall Street Journal (WSJ), com o tema: o risco inflacionário trazido pelo estímulo do crédito no País.
Segundo o jornal, “o mecanismo que ajudou a nação a se tornar um player global em carnes, petróleo e mineração está colidindo com outra política imperativa: a de combate à inflação”.

De acordo com a matéria, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Central estão indo em direções opostas.
Enquanto o BNDES segue com força nos financiamentos, o BC teve que subir os juros na semana passada pela quarta vez este ano, para 12,25%, o nível mais alto entre as principais economias do mundo.

“O governo está tentando esquentar e esfriar o Brasil ao mesmo tempo”, disse Marcos Mendes, economista e conselheiro do Senado, ao WSJ.

O debate sobre a abordagem do BNDES aumenta conforme o Brasil começa a ver números de crescimento econômico menos favoráveis, diz o jornal, com projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano sendo reduzidas para a faixa de 3,5% a 4,%.

O jornal questiona ainda quanto do financiamento do BNDES acaba sendo utilizado para ajudar companhias brasileiras a adquirirem empresas fora do País.

“Como o Brasil se beneficia quando a JBS compra uma empresa americana que vende comida para consumidores americanos?
Isso não impulsiona nossas exportações”,
questionou o economista Mansueto Almeida na entrevista ao WSJ.

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