Fernando Henrique Cardoso comemorou 80 anos.
Foi, sem dúvida alguma, um dos grandes presidentes do país.
Com uma década de atraso, muitos têm demonstrado o devido reconhecimento ao inegável trabalho de transformação realizado pelo então presidente FHC.
A minha homenagem, porém, vai para a mais atuante primeira-dama da história do Brasil, tão atacada pela atual presidente no famoso dossiê ou "banco de dados" dos cartões corporativos, Ruth Cardoso.
Li e reli o livro "Fragmentos de uma vida", por Ignácio de Loyola Brandão, que retrata de forma brilhante quem foi Ruth Cardoso, sua história e sua vida dedicada a melhorar a vida das pessoas.
Não dá para acreditar que alguém tenha lhe feito tão mal, muito menos entender que milhões de brasileiros beneficiados pela obra de Ruth sejam tão ingratos a ponto de esquecerem tudo o que foi feito para resgatar sua dignidade e oferecer oportunidades de promoção pessoal e profissional.
Por isso eu creio que o livro deveria virar um filme, tenho certeza que seria um sucesso, pois seu conteúdo trata de um exemplo de discrição, humildade, ao mesmo tempo de uma grandeza de caráter e de valores que deveria se tornar conhecido por todos.
O Brasil nunca ganhou o "Oscar".
Os temas sociais, sempre presentes nos discursos oportunistas, poderiam inspirar um filme que pudesse mostrar ao mundo a trajetória de quem nunca teve palanques e sempre agiu de acordo com os princípios cristãos que pregam a humildade.
Fragmentos de Uma Vida, que vai além de tudo o que já foi divulgado, destaca a grande mulher, muito mais ilustre como ser humano do que pelos títulos que possuía ou por sua popularidade.
Mais do que fazer justiça à sua obra e reparar a maldade do momento que tentaram manchar sua imagem, Ignacio de Loyola Brandão revela a grande dimensão humana diante dos fatos mais importantes de sua vida pessoal e do cenário nacional.
Personalidade que supera qualquer personagem criada por marqueteiro, jamais se submeteria ao papel de sombra ou rainha muda, foi protagonista e fonte de inspiração de grandes pensadores e profissionais das áreas da sociologia e da antropologia de renome mundial.
Por todos esses motivos, a lembrança de Ruth Cardoso me orgulha e me dignifica como brasileira e como mulher.
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