segunda-feira, 20 de junho de 2011

O maior e mais descarado assalto aos cofres públicos da história do Brasil

O Tribunal de Contas da União não pode endossar o maior e mais descarado assalto aos cofres públicos da história do Brasil
Por Augusto Nunes

No dilmês, essa ramificação degenerada da língua portuguesa que a presidente inventou, a forma é sempre mais reveladora que o conteúdo.
O que diz Dilma Rousseff é invariavelmente tão raso que pode ser atravessado por uma formiga com água pelas canelas.
O jeito de dizer confirma a cada 10 palavras que o governo brasileiro é chefiado por uma mulher incapaz de produzir uma frase com começo, meio e fim ─ além de inteligível.
Hipnotizados pela discurseira inverossímil, os jornalistas às vezes nem percebem que a oradora sem rumo está soltando uma informação que vale manchete.

O fenômeno se repetiu durante a visita a Ribeirão Preto.
Nos primeiros minutos do vídeo que registra o palavrório de sexta-feira, Dilma jurou três vezes que a ladroagem sem limites, sem vigilância e protegida pelo sigilo foi abençoada pelo Tribunal de Contas da União.

“Esse regime e a lei foram discutidos amplamente pelo governo e com o TCU”, começou a presidente.
“Sugiro que as pessoas… os jornalistas que fizeram a matéria que investiguem junto ao TCU”, insistiu.
“Não é possível chamar (sic) o governo de que está garantindo roubalheira ou qualquer coisa assim”, fingiu indignar-se em seguida.
“Isso foi negociado com o TCU!”

A revelação gravíssima não mereceu sequer um canto de página de jornal.
Tampouco houve espaço para a nota divulgada na mesma sexta-feira pelo presidente do tribunal, Benjamin Zymler, que transforma os ministros em cúmplices de um ato criminoso.

“O Regime Diferenciado de Contratações pode aperfeiçoar o controle de recursos públicos e o andamento das licitações e contratações”, murmurou Zymler, tentando abrandar a confissão de culpa com uma ressalva: o TCU só apoiará oficialmente a malandragem bilionária depois de aprovada pelo Congresso.
A Câmara dos Deputados já disse amém.
Falta o Senado.
(...)
Passados três anos e meio, os arquitetos do conto da Copa tiraram do armário o instrumento que permite roubar sem sobressaltos.
Até um bebê de colo sabe que está em curso o maior assalto aos cofres públicos desde 1500.
Os ministros do TCU estão obrigados a impedi-lo.

Embora nomeados pelo Planalto, todos têm como patrão a sociedade.
Devem obediência aos brasileiros que pagam as contas.
Todas, inclusive os salários do Tribunal de Contas.

2 comentários:

  1. Rose a intenção agora é oficializar as maracutaias! A Camara ja aprovou, o TCU ja esta macomunado, só falta agora o Senado! Aí, não terão como pedir CPI ou investigações, pois estará tudo endossado goela abaixo no povo brasileiro que já engole a segurança,educação,saúde, habitação, saneamento básico, estrut.de transportes, do jeito que estão
    e pagando altos impostos!
    Um abraço,
    Francisco SP

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  2. Francisco, que bom ler teu comentário.
    O Senador Álvaro Dias está no twitter com o pessoal que está pressionando pela instalação da CPI da Saúde.
    Tanto esforço de uma minoria atuante que não pode ser em vão.
    Que Deus nos ilumine para que alguém consiga ter uma boa ideia pra mudar essa história.
    Um abraço.

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