quinta-feira, 30 de junho de 2011

Serra: “FHC jamais passou a mão na cabeça de aloprados”

Por Andréa Jubé, da Agência Estado:

Coube ao ex-governador de São Paulo José Serra e ao ex-governador de Minas Gerais senador Aécio Neves encerrar a sequência de homenagens aos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na solenidade realizada no Senado, nesta quinta-feira, 30.
Recuperando-se de um acidente, Aécio enviou uma mensagem em vídeo.

Em seu discurso, Serra alfinetou o PT, afirmando que Fernando Henrique “jamais buscou dividir o Brasil, muito pelo contrário, buscou unir”.

Numa crítica indireta ao governo do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra destacou a postura do ex-presidente tucano que, segundo ele, não tomou atitudes que a oposição atribui aos petistas, como o “aparelhamento do Estado” e a utilização dos bens públicos como se fossem privados.

Numa comparação indireta com o ex-presidente Lula, Serra afirmou que Fernando Henrique “jamais passou a mão na cabeça de aloprados”, em alusão à tentativa de compra, pelo PT, de um dossiê contra o então candidato a governador de São Paulo em 2006.

“Foi sempre um servidor público em vez de se servir do público, nunca usou expedientes que não fossem republicanos, jamais fez profissão de fé da ignorância, jamais exaltou a própria obra procurando desqualificar a de seus adversários”, afirmou Serra.

O ex-governador de São Paulo destacou realizações do governo Fernando Henrique, afirmando que o tucano abriu o caminho para a “economia estável, para a formação da rede de proteção social construída no Brasil, para a modernização do Estado, para a responsabilidade fiscal e novas condições da educação e saúde”.

Por fim, Serra enumerou as qualidades que fazem de Fernando Henrique um “grande homem público”.

“Uma obra que afeta permanentemente o curso dos eventos públicos, que se torna referência para a renovação e consolidação de políticas públicas, que consegue dividir a história de seu País entre antes dele e depois dele”.

O ex-governador concluiu definindo o PSDB como um partido que “teve um grande passado e pode ter um grande futuro, se souber ser grande no presente”.

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