terça-feira, 28 de junho de 2011

Nem todos os jornalistas estão à venda

(Vejam, abaixo, o ex-presidente chamando Serra de mentiroso descarado, inventa a calúnia e debocha sem dó nem piedade.)



Agora, a versão sem a montagem encomendada para desmoralizar o então candidato José Serra.
Jornal Nacional desmente a versão petista e mostra que agressão a José Serra existiu.
Faltou mostrar a bexiga com água, aquela que caiu no carro onde estava a então candidata devidamente prevenida com um guarda-chuva num belo dia de sol.)



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Os comandantes da ofensiva contra a liberdade de imprensa ignoram que nem todos os jornalistas estão à venda
Por Augusto Nunes

Entre uma rodada de palestras financiadas por empresários amigos e uma missa negra pela salvação da pele dos pecadores de estimação, Lula retomou na terceira semana de junho a ofensiva contra a liberdade de imprensa.

Coerentemente, a discurseira que tenta estigmatizar o jornalismo independente e faz a louvação da censura, rebatizada pelo PT de “controle social da mídia”, foi ressuscitada no Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que juntou em Brasília o bando que age na internet a serviço do governo e, sobretudo, do ex-presidente que ainda não desencarnou do Planalto.

“Nunca me preocupei com crítica, mas que elas sejam verdadeiras”, mentiu Lula para a plateia de blogueiros estatizados pelo companheiro Franklin Martins com verbas, empregos e favores providenciados pelo Ministério da Propaganda.

“O que me preocupam são as inverdades, como aquela pedra, meteorito, que bateu na cabeça de um candidato na eleição”, voltou a trocar os fatos a socos e pontapés, insistindo em debochar da agressão sofrida pelo candidato tucano José Serra num evento eleitoral no Rio de Janeiro.

Anabolizado por salvas de palmas, o palanque ambulante caprichou nos afagos aos coadjuvantes das sucessivas farsas encenadas para transformar afrontas à democracia em piadas ─ ou para negar que aconteceram.

“Vocês evitaram que a sociedade brasileira fosse manipulada como durante muito tempo ela foi manipulada”, inverteu as coisas o falsário patológico.

“Vocês evitaram que os falsos formadores de opinião pública ditassem regras do que deveria acontecer no país”.

Nessa versão pilantra, o Brasil escapou de afundar nas fantasias urdidas pela imprensa não domesticada graças aos progressistas eletrônicos ─ uma tribo que agrupa fanáticos estacionados no começo do século 20, exotismos que ainda empunham garruchas da Guerra Fria e ex-jornalistas que arrendaram a alma ao governo para garantir uma velhice poupada ao menos de achaques financeiros.

Todos incondicionalmente subordinados ao morubixaba, não acham nada sem prévia autorização, nem ousam pensar por conta própria.
Esses requintes são para quem têm autonomia intelectual.
Limitam-se a fazer o que o dono ordena.


No Brasil dos blogs governistas, não existem safadezas, roubalheiras, corrupção, ladroagem, quadrilhas federais, nada disso.
E o escândalo do mensalão, claro, foi uma invencionice da elite golpista.
Nesse país sem pecados, Erenice Guerra é uma dama de reputação ilibada, Antonio Palocci prosperou honestamente, Aloízio Mercadante e seus aloprados jamais fabricaram dossiês, Dilma Rousseff é uma pensadora onisciente, Lula é o gênio da raça e o partido segue honrando a frase recitada por José Dirceu no século passado: “O PT não róba nem deixa robá”.

O inevitável Dirceu apareceu no segundo dia da quermesse em Brasília disposto a explicitar o que o chefe sugerira e, de novo, esvaziar o estoque de bravatas.

“É uma vergonha que a regulação da mídia não seja realidade”, irritou-se.
Íntegra AQUI.

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