sexta-feira, 8 de março de 2013

ESTÁ RUIM, MAS ESTÁ BOM

 

Ainda não consigo entender o que deu na cabeça do eleitor brasileiro ao eleger uma pessoa sem biografia (só conhecemos a que contaram na propaganda política, e muito mal contada porque omitiram os motivos de sua prisão, único fato marcante e nada teve de heróico), sem carisma nem simpatia, muito menos um currículo que comprovasse alguma competência para dirigir o Brasil.

Não significa que carisma seja a principal qualidade para ser governante, isso não vale nada se não vier acompanhado de apreço à ética e competência para administrar o dinheiro de nossos impostos. Hitler também era carismático, isso não é currículo para comandar um país, talvez para líder de seita. 

Assim, só resta acreditar que o Brasil se ajoelhou diante de Lula e disse amém a mais uma de suas ordens, votar na Dilma. Não há uma razão lógica para os resultados das últimas eleições.

A única referência profissional de Dilma era a da fracassada microempresária de produtos de R$ 1,99, a lojinha "Pão & Circo". E é nisso que ela vem transformando o Brasil desde a época em que era gerente de Lula e mãe do empacado PAC. Em parceria com o presidente fanfarrão, estabeleceu uma política de pão e circo como nas civilizações primitivas, em voga na América Latina, mas um atraso incompatível com o século XXI.

O desgoverno do PT, apesar da propaganda ufanista que ilude e distrai a população transformada em plateia, é tão ruim que a marca de suas comemorações - aniversário do partido e dez anos na presidência da República - tem sido a de encobrir seus "malfeitos" e fracassos com o ridículo discurso contra o PSDB.

O PT usa o ataque e a calúnia para tentar confrontar com o partido que foi responsável pela estabilização da economia, legada a Lula que teve uma colheita farta. Porém, junto à companheirada instalada na máquina do governo, conseguiu arrasar como faz um bando de gafanhotos. Os números da economia comprovam o estrago que o PT causou ao país nos últimos dez anos.

O partido tenta ainda apagar da memória do brasileiro e dos registros históricos o fato de que foi o PSDB que implantou os programas sociais usurpados pelo PT, agora usados como instrumento de compra de voto e arma de guerra contra seu principal adversário.

E o PT foi contra tudo isso, contra o Plano Real e contra os programas socias. Os petistas chamavam o Bolsa-Escola de bolsa esmola, fazendo rima com o antigo nome do Bolsa-Família.

Outro fator que é usado para enganar os brasileiros, com ampla cumplicidade da mídia e o clamor das instituições que colocam seus intere$$es acima do Brasil, é o metodológico. 

Houve mudanças importantes nos métodos de avaliação dos indicadores econômicos e sociais depois que o PT assumiu, portanto, não há parâmetro confiável entre os dados do passado e os recentes porque a metodologia era outra.

É o que aconteceu com um dos programas sociais implantados por FHC em todo o território nacional, o Bolsa-Escola, que já atendia cerca de cinco milhões de famílias no fim de seu mandato. Partiu do zero, criou todas as condições e deixou tudo pronto para que o governo seguinte desse continuidade. Ficou fácil demais!

Não podemos esquecer, porém, que o PT considerava os programas sociais de FHC uma esmola, mas vale lembrar que, fora o Vale-Gás, Bolsa Alimentação (criado por José Serra), entre outros programas de transferência de renda que foram unificados no Bolsa-Família, o Bolsa-Escola oferecia R$ 50,00 por família em situação de pobreza extrema, mais R$ 15,00 por filho, com a contrapartida de frequentar a escola. Funcionava como uma bolsa de estudos para garantir seu futuro, não necessariamente esse valor, que não era pouco na época, mas sim a garantia de que a educação é o único caminho que cria oportunidade para um bom emprego.

Doze anos depois, os beneficiados continuam nas mesmas condições, totalmente dependentes da ajuda do estado para sobreviver, sem futuro, sem esperança de conquistar um padrão de vida digno com o fruto de seu trabalho. A miséria se instalou definitivamente com a má condução desses programas pelo PT, tornou-se crônica, e poucos contestam a fala da presidente de que a miséria acabou com o valor do Bolsa-Família chegando a R$ 70,00, considerado o valor mínimo para sair da linha da miséria.
Com a inflação em alta, esse dinheiro mal compra um quarto de uma cesta básica, que chega a custar R$ 276,98 em Fortaleza.

Essas famílias têm formado verdadeiros cortições para juntar o que recebem, a média nacional do benefício é de 97 Reais, e viver na ilusão de que recebem um pouco mais porque, ao compartilhar as despesas, sobra um trocados para seus gastos pessoais.

Nesse contexto, vale acrescentar que desses brasileiros que não conseguem e nem querem se emancipar, SESSENTA E SEIS MILHÕES e setecentos mil (66,7) desistiram de procurar emprego e chega a 25% o número de jovens que não estudam nem querem trabalhar.
Ficam alguns questionamentos: 
* Quantos brasileiros trabalham para sustentar esses "conformados"?
* Enquanto o mundo protesta por empregos, como acreditar nos índices divulgados ano após ano se milhões de muitos por aqui comemoram o simples fato de não precisar trabalhar?

* Como explicar que a solicitação de seguro-desemprego tem batido recordes históricos?

 Leiam notas do jornalista Claudio Humberto que confirmam minhas suspeitas:

Desemprego no
País sob suspeita
de manipulação

Empresários e economistas suspeitam de manipulação dos índices de desemprego no Brasil, sempre positivos como na Argentina de Cristina Kirchner. Dão sentido à suspeita o “pibinho” vexatório, a queda de investimentos estrangeiros e nacionais, infraestrutura que não decola, indústria em baixa e inflação em alta. Talvez seja um novo “milagre brasileiro”, como o da ditadura – que depois se comprovaria falso.

Conta não fecha
Segundo o IBGE, com “pibinho” de 0,9% e fuga de investidores, em 2012 o desemprego oficial foi de 4,6%, um dos menores de sempre.

O que é ruim...

Rei do assistencialismo, Lula se irritou com uma pesquisa mostrando que há mais obesos que esfomeados no Brasil. E enquadrou o IBGE.

...IBGE esconde?

Desde o governo Lula, o IBGE é obrigado a submeter suas pesquisas ao Ministério do Planejamento, antes de divulgá-las. Muito suspeito.

Gelo seco

Nem a CUT crê nos números manipulados pelo IBGE: pede hoje em Brasília a redução da jornada de trabalho por “mais empregos”, sacando números do Dieese com o baixo valor da hora trabalhada.

Cof, cof

Dilma garantiu que a crise financeira internacional não “gerou pneumonia” no Brasil. Vai ver nosso termômetro veio da China...

Bobo da Corte
Com mais da metade da população endividada, o ministro Guido Mantega (Fazenda) sacou o manual do otimismo, dizendo que “a crise não bateu na porta da família brasileira”. De fato: entrou sem bater. 

Um comentário:

  1. Desempreo em torno de 5%? Onde?
    44 milhões não contrinuem para o Inss.
    5% na casa do c...

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