sexta-feira, 22 de março de 2013

O BRASIL QUE SE CALA EM TROCA DE MIGALHAS (isso inclui empresários e profissionais qualificados) FINANCIA NEGÓCIOS BILIONÁRIOS NO EXTERIOR

Lembram que o ex-presidente Luiz Inácio se uniu a um projeto de mais de UM BILHÃO na África?

A imprensa, cujo conteúdo o PT quer controlar para que certas informações não cheguem ao conhecimento da população, começa a trazer à luz esses negócios até então nebulosos.

Ainda em 2010, o então presidente autorizou o BNDES a "emprestar" um pacote de 300 milhões, sendo que 18 milhões seriam destinados à construção de um Novo aeroporto internacional... também na África, enquanto os nossos não decolam.
Dilma segue os passos de seu criador e também "financia" aeroporto milionário na África com dinheiro do contribuinte brasileiro. E fazem isso em outros continentes, como América Latina e Ásia, com destaque para os "Negócios da China".

O que não se dizia até então é que o ex-presidente viaja ao exterior às custas de empreiteiras com interesses nos países visitados, segundo revelam reportagens do jornal Folha de S. Paulo

As viagens bancadas por Lula, como se ele fosse uma espécie de lobista das empreteiras, atenderiam aos "interesses" de quem, afinal?

Segundo o jornal apurou, Lula ajudou a alavancar apenas os interesses das empreiteiras nesses lugares. E seu bolso, é claro. 
O Brasil não vem ganhando absolutamente nada com isso.

Leiam trechos de duas reportagens que informam sobre as empreiteiras que patrocinam as tais palestras de Lula e, como retribuição, ganham contratos bilionários, muitas vezes financiadas pelo BNDES:
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Quase metade das viagens internacionais feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após deixar o governo foi bancada por grandes empreiteiras com interesses nos países que ele visitou. Todos eles ficam na América Latina e na África, de acordo com documentos oficiais obtidos pela Folha. As duas regiões foram prioridades da política externa do petista em seus dois mandatos.A assessoria do ex-presidente diz que ele trabalha para promover "interesses da nação" e não das empresas que bancam suas atividades.
 
Mas políticos e empresários familiarizados com as andanças de Lula disseram à Folha que ele ajudou a alavancar interesses de gigantes como Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht nesses lugares. Um telegrama diplomático de novembro do ano passado, enviado ao Itamaraty pela embaixada do Brasil em Moçambique após uma visita de Lula, diz que ele ajudou empresas brasileiras a vencer resistências locais ao "associar seu prestígio" a elas.
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Em novembro de 2012, Lula viajou para quatro países (África do Sul, Moçambique, Etiópia e Índia). Segundo nota divulgada pelo Instituto Lula na ocasião, o objetivo era a "cooperação em políticas públicas e ampliação das relações internacionais", mas o telegrama da embaixada brasileira deixa claro que o assunto da viagem era outro.
 
As duas primeiras paradas foram pagas pela Camargo Corrêa. Em Moçambique, a empresa participou das obras de uma mina de carvão explorada pela Vale, que meses antes fora alvo de protestos de centenas de famílias removidas pelo empreendimento. 
(...)
 
Em agosto de 2011, Lula começou um tour latino-americano pela Bolívia, onde chegou "com sua comitiva em avião privado da OAS", como anotou o embaixador Marcel Biato em telegrama. O primeiro compromisso foi um encontro com o presidente Evo Morales. Na época, protestos impediam a OAS de tocar uma rodovia de US$ 415 milhões. Foi um dos temas da conversa, dizem empresários da Bolívia que pedem sigilo. La Paz cancelou o contrato, mas deu US$ 9,8 milhões como compensação à OAS. 
 
Da Bolívia, ainda bancado pela OAS, Lula viajou para a Costa Rica, onde a empresa disputava uma obra de US$ 57 milhões. A OAS foi preterida após a imprensa local questionar o papel de Lula. Após nove meses, a OAS ganhou a concessão da rodovia mais importante do país (negócio de US$ 500 milhões).
 
(Folha de São Paulo)
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No exterior, o ex-presidente Lula participou de encontros privados entre políticos locais e empresários brasileiros, além de prometer levar pedidos a Dilma Rousseff, segundo telegramas do Itamaraty. Em maio de 2011, Lula foi ao Panamá a convite da Odebrecht. Na agenda, visitas a obras da empresa com ministros, o presidente Ricardo Martinelli e a primeira-dama.
O diretor da Odebrecht no país ofereceu jantar em sua casa para Lula, Martinelli e os ministros da Economia, Obras Públicas e Assuntos do Canal. Ao final do jantar, o ex-presidente prometeu levar três pedidos a Dilma, em encontro na mesma semana: maior presença da Petrobras no Panamá, um encontro entre os ministros dos dois países e a criação de um centro de manutenção da Embraer.
 

A Odebrecht obteve no Panamá contratos de US$ 3 bilhões. Cinco meses depois do jantar, engenheiros da construtora foram fotografados com um estudo de impacto ambiental sobre uma obra que só seria anexado à licitação três meses mais tarde. A brasileira conquistou a obra de US$ 776 milhões e foi acusada de já saber do resultado previamente pela ONG Orgulho Panamá. "Há um sentimento geral de que a obra é motivada simplesmente por interesses especiais. O maior interesse comercial é da Odebrecht e políticos", diz, em nota, a organização.
Em julho de 2011, Lula esteve em Angola para um evento patrocinado pela Odebrecht -empresa que tem 20 mil funcionários no país. "Quando era presidente, Lula não gostava do presidente de Angola, mas ganhou um bom dinheiro para dizer que está tudo bem no país, o que é importante para a elite corrupta", disse à Folha Rafael Marques, da ONG Maka Angola.

Em junho de 2011, Lula viajou em jato da Odebrecht para Caracas, na Venezuela. Lá, encontrou-se com "grupo restrito de autoridades e representantes do setor privado". A conversa com o então presidente Hugo Chávez, morto este mês, ocorreu no momento em que o governo local devia cerca de US$ 1 bilhão à empreiteira por obras como a do metrô de Caracas. Três dias após a visita, Chávez anunciou que as dívidas com a Odebrecht estavam "quase" resolvidas. 


(Folha de São Paulo)

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