sábado, 16 de março de 2013

MENTIRAS REPETIDAS MIL VEZES... PODEM SER DESMASCARADAS

Lenin: “Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é!”


O governo FHC tirou do papel os maiores programas de transferência de renda do País: a Aposentadoria Rural e o Loas, de assistência a idosos e deficientes.

Além disso, implantou o terceiro programa de maior impacto no combate à pobreza: um conjunto de iniciativas que foram unificadas no Bolsa-Família.

Tais programas, articulados pelos ministros Clóvis Carvalho, Paulo Renato e José Serra, tinham uma agenda positiva: transferiam os recursos às famílias que comparecessem aos postos de saúde para realização de exames de pré e pós-natal em gestantes e lactantes, permitissem o acompanhamento médico das crianças, seguissem as determinações das campanhas de vacinação e fizessem com que as crianças de sete a 14 anos frequentassem as escolas.

Vamos aos números: no final de 2002, 5,1 milhões de famílias recebiam o Bolsa-Escola, 8,5 milhões recebiam o Auxílio-Gás e 1,6 milhão recebiam o Bolsa-Alimentação. Todas por meio de cartão magnético. Nem os programas nem mesmo a ideia do cartão único do Bolsa Família foram novidades. 

O cadastro único já estava em processo, com 4,9 milhões das famílias cadastradas, em meados de 2002, para um total de 9,3 milhões estimadas. Era chamado de Cartão-Cidadão pelo governo FHC e juntava os seguintes programas: Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, Auxílio-Gás, Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano.

Um dos resultados do Bolsa-Escola, por exemplo, que funcionava como uma bolsa de estudos para garantir uma renda a mais às famílias e, o principal, uma perspectiva de igualdade de oportunidades para seus filhos, foi conseguir que a taxa de matrícula de crianças na faixa etária de 8 a 11 anos tenha aumentado de 86% em 1990 para 97% em 2001. Pode-se dizer que FHC conseguiu universalizar o ensino fundamental até o final de seu mandato.

Cabia ao sucessor investir na qualidade do ensino e elevar os assistidos à condição plena de cidadania, capacitando jovens e adultos para que tivessem condições de prover o seu próprio sustento e estimulando as crianças a buscarem o desenvolvimento de suas potencialidades para garantir um futuro digno.


O número de família cadastradas, entretanto, que pela lógica deveria diminuir, só tem aumentado, sinal de que as famílias assistidas não estão conseguindo se emancipar ou se acomodaram na situação de total dependência dos benefícios do governo, mesmo que isso signifique a anulação da própria identidade e a destruição de seus sonhos. 

Tantos pobres recebendo dinheiro do governo não significa que acabou a miséria. Ao contrário do que Dilma diz, o aumento do número de famílias cadastradas é sinal de que o governo não tem competência para gerar educação, emprego e renda para essas pessoas, muito menos resgatar a autoestima destruída pela humilhação da dependência financeira, que se tornou crônica.

Para quem ainda não sabe, o PT combatia ferozmente tais programas e muitos prefeitos petistas decidiram boicotar o projeto federal, impedindo o cadastramento das famílias.

Lula e outros petistas eram radicalmente contra. Confiram:



O que fez Lula quando assumiu o governo?
Simplesmente juntou o Bolsa Escola, o Auxílio Gás e o Bolsa Alimentação e mudou o nome para Bolsa Família. A junção, por sinal, foi sugestão de um tucano, Marconi Perillo.

Infelizmente, vivemos um processo de desinformação, ou deformação da informação, como podemos constatar não apenas nas publicações de sindicatos, associações, jornais e revistas ligados ao PT. Encontramos análises absurdas publicadas em sites de instituições das quais se espera, no mínimo, a imparcialidade. Observem que os mesmos que eram implacáveis contra adversários do PT tempos atrás, agora se calam, mesmo depois de tantos escândalos. Pior que isso, assinam manifestos em apoio ao partido envolvido nos mais graves esquemas de corrupção da história.

Com uma simples comparação entre as análises do período FHC com as da última década, podemos constatar que as publicações que encontramos, com uma simples pesquisa, mostram o descaso com os fatos e confundem-se facilmente com o conteúdo das cartilhas petistas.

Apesar da grande influência da mídia, visivelmente refém das verbas do governo, esses grupos religiosos decepcionam muito mais ao aderir à causa petista, partido que defende, em seus estatutos, medidas incompatíveis com os princípios da Igreja, como a liberação do aborto.

A mais grave das incoerências, porém, refere-se às críticas aos programas de distribuição de renda do então governo Fernando Henrique, acusando de eleitoreiros o que agora elogiam.

Pois bem, os tucanos nunca utilizaram seus programas sociais para comprar votos, como tem acontecido nesses últimos anos, tanto é que muitos ignoram, ou esqueceram, que mais de cinco milhões de famílias beneficiadas já eram atendidas antes do PT conseguir vencer a eleição pela primeira vez.

Trecho de uma análise da conjuntura de março de 2001 e a torcida visível, quando deveria ser uma análise isenta:


Delineiam-se hoje 3 candidaturas nos principais partidos brasileiros: Lula, José Serra e Itamar, enquanto a candidatura de Ciro Gomes corre “por fora”.
Neste contexto pre-eleitoral, as disputas internas à base aliada podem levar à instauração da CPI sobre a corrupção, que fora abafada no ano passado.
Tal CPI prejudicaria muito a candidatura apoiada pelo Planalto.
No mínimo, poderia tornar-se um palanque capaz de neutralizar a eficiência dos palanques oficiais: o “Portal do Alvorada” e os Programas Estratégicos do “Avança Brasil”, com farta distribuição de dinheiro aos pobres em forma de bolsa-escola ou de bolsa-saúde.

Já publiquei dezenas de textos sobre isso, mas insisto nessa tecla para que o terrorismo das campanhas petistas um dia deixem de surtir efeito.

Se, a exemplo do que faziam os nazistas, uma mentira repetida mil vezes pode se tornar verdade para quem ouve (ou lê), quem sabe a perseverança em propagar a realidade dos fatos possa anular o efeito dessa estratégia diabólica?

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